Catalão pode sofrer com escassez de água em aproximadamente oito ou dez anos
Em coletiva de imprensa realizada no fim do ano anterior o superintendente da SAE (Superintendência de Água e Esgoto), César José Ferreira, pontuou algumas deficiências no sistema de fornecimento de água na cidade. Segundo ele, o método e todo o aparato para abastecer as torneiras das residências são os mesmos utilizados a cerca de 40 anos atrás, quando Catalão possuía menos que 30 mil habitantes.
Para atender a demanda atual de quase 100 mil moradores e a indústria a SAE vem tratando como pode a água do Ribeirão Samambaia, principal fonte hídrica que abastece a cidade e que está muito perto de não mais ser o suficiente para os catalanos.
No período da estiagem não é incomum na cidade que alguns bairros fiquem sem água, e no período chuvoso que ela seja fornecida turva, com cheiro ruim e aparentemente impróprio para o consumo.
O primeiro problema é o que mais preocupa o governo municipal, não que eles não se atentem ao outro. É que de acordo com o secretário do Meio Ambiente Marcelo Mendonça, em aproximadamente 8 ou 10 anos, o poder municipal terá que buscar água em outras regiões do munícipio para atender a demanda local. Ou seja, os problemas que comumente vemos nos grandes centros urbanos e em áreas semiáridas do país, pode também passar a ser a realidade de Catalão.
Isso foi confirmado recentemente por Mendonça durante uma entrevista cedida a uma emissora de TV local. Essa questão foi mencionada por ele quando no incentivo ao uso sustentável e regrado da água durante campanha sobre o uso consciente e responsável do mesmo, alusivo ao Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março.
Mendonça afirmou que o governo local começa a estudar alternativas para garantir que não falte água no munícipio no tempo estimado e muito além disso. Além do constante trabalho de conscientizar a população para que seja evitado o desperdício, o método para impedir o desabastecimento de grande parte da cidade seria canalizar a água de uma determinada região até a cidade, o mesmo processo utilizado por várias cidades no Brasil e no mundo.
Sobre essa questão pouco foi informado assim como os estudos levantados até então, mas, a comunidade Cisterna, como comentou o secretário, seria a localidade a se buscar esse bem de grande valor e agora visto como limitado.
Frente a tudo isso deve ser observado que o governo municipal precisa investir na capitação e no sistema de fornecimento de água o quanto antes, o modernizando e o tornando mais eficiente para que a Catalão do futuro, muito vendida politicamente e comercialmente agora, não seja uma cidade problema para seus moradores.
Por: Gustavo Vieira