CONTRA RACISMO, DILMA RECEBE TINGA E MÁRIO CHAGAS
A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, o jogador de futebol Tinga e o árbitro Marcio Chagas, que recentemente foram vítimas de racismo nos campos de futebol. Pelo Twitter, Dilma já havia prestado solidariedade a eles e afirmado que a Copa das Copas será também a Copa contra o racismo.
Em entrevista coletiva após a reunião, Tinga afirmou que o encontro foi interessante para mostrar que Dilma está atenta a situação. O volante do Cruzeiro se manifestou com relação não apenas ao racismo, mas contra todo tipo de preconceito no país, e disse que a educação é a principal forma de combate.
“Educação é uma das coisas que nos faz pensar nos outros. E o que vai acontecer daqui para frente a gente não sabe. O que acredito que é importante é que ela se preocupou com a situação que aconteceu nesse último mês, tanto com a minha situação quanto a do Márcio, a do Arouca, e tive oportunidade de falar que tem outras coisas que acontecem no país em termos de preconceito. (…) Espero que a gente possa conscientizar que isso é um fator de educação”, comentou.
Por meio de carta, o jogador de futebol Arouca agradeceu o convite para participar da reunião com a presidenta Dilma Rousseff, da qual participaram o também jogador Tinga e o árbitro Márcio Chagas da Silva. O volante do Santos esclareceu que não pode vir ao Palácio do Planalto por conta de compromissos já firmados anteriormente e pelas atividades no clube. Ele ainda parabenizou Dilma pelo combate ao racismo.
“Aproveito para parabenizar pela iniciativa e pela boa vontade em debater o racismo, não apenas por nós três, que sofremos isso dentro de um campo de futebol, mas também por outros milhares, que, por falta de orientação – e por não terem a mesma visibilidade que nós temos diante das câmeras e dos microfones que cercam o mundo do futebol -, não se manifestam e não têm seus apelos ouvidos todos os dias”, escreveu.
Assim como Tinga, Arouca também acredita que o investimento cada vez maior em educação e no esporte são boas formas de começarmos a construir um mundo de mais tolerância e harmonia. Por fim, o atleta incluiu ainda na carta que espera que fatos lamentáveis como os que aconteceram com os três (Arouca, Tinga e Márcio) sirva de marco para que isso não se transforme em uma epidemia de atos de ódio.
“Peço, por favor, que não deixe esse assunto cair no esquecimento. Se pode existir uma vitória nisso tudo é a mobilização que criou e a vontade que todos têm demonstrado em colaborar para dar um basta. Mas isso não pode parar por aqui! É preciso levar até as últimas consequências e, repito, punir exemplarmente”, analisou Arouca.
Brasil 247