Defesa afirma que ação contra Lula é mais golpe no Estado de direito
O advogado Cristiano Zanin divulgou nota nesta segunda-feira (26) onde afirma que a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Lula é mais um ato de perseguição política sem precedentes contra o ex-presidente. A denúncia acusa Lula de ter obtido vantagens da empresa ARG que teria sido indicada por ele ao presidente da Guiné Equatorial. Segundo o advogado “acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada por Lula”.
Para o advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente Lula, “a denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada às autoridades, em tráfico internacional de influência e lavagem de dinheiro”. Segundo Zanin “ a acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia”. Para ele, a iniciativa do MP é espetaculosa e aniquila as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal. O advogado espera que a justiça rejeite a denúncia.
Leia a íntegra da nota:
A denúncia oferecida hoje (26/11/2018) pelos Procuradores da autointitulada “Lava Jato de São Paulo” contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem precedentes pela via judicial. É mais um capítulo do “lawfare” que vem sendo imposto a Lula desde 2016
A denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada às autoridades, em tráfico internacional de influência (CP, art. 337-C) e lavagem de dinheiro (Lei n. 9.613/98, art 1º. VIII).
A acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal.
Lula foi privado de sua liberdade contra texto expresso da Constituição Federal porque não existe em relação a ele qualquer condenação definitiva; tampouco existe um processo justo. Lula teve, ainda, todos os seus bens bloqueados pela Justiça; busca-se com isso legitimar acusações absurdas pela ausência de meios efetivos de defesa pelo ex-presidente.
Espera-se que a Justiça Federal de São Paulo rejeite a denúncia diante da manifesta ausência de justa causa para a abertura de uma nova ação penal frívola contra Lula.
Cristiano Zanin Martins
Do Portal Vermelho