Haddad quer olho no olho com o povo e diz: Pesquisa não ganha eleição
O candidato à presidência da República Fernando Haddad recebeu nesta terça-feira (16) o apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ambas formadas por inúmeros movimentos sociais e sindicais. Diante de trabalhadores, militantes sociais, representantes do PCdoB, PT e PSol, Haddad afirmou que a tarefa nestes 12 dias antes do segundo turno é mostrar para a o povo a fraude que é Jair Bolsonaro. “É um balão de ar que se acertar uma agulha vai derreter em alguns dias”.
Por Railídia Carvalho
“A elite brasileira passou os últimos anos garimpando entre os seus quadros aquele que seria o Macron (Emmanuel Macron, presidente da França) brasileiro. Pesquisaram, pesquisaram, pesquisaram e apresentaram o Jair Bolsonaro”, lembrou Haddad.
Bolsonaro é Temer piorado
Segundo ele, Bolsonaro está entre os dez piores deputados que o país já teve. “Não tem nenhum compromisso com o Brasil, com o trabalhador ou com o povo. É capaz das maiores atrocidades verbais para colocar os seus pontos de vista desrespeitosos diante da maioria do povo brasileiro”.
Haddad enfatizou ao público que esta eleição é “a causa das nossas vidas”. Reafirmou que Bolsonaro é um Michel Temer piorado. “É um balão de ar sustentado pelos bancos, pelos agronegócio atrasado, pelos meios de comunicação”, completou. Ele ressaltou que o que está em jogo é “a dignidade humana e o futuro das próximas gerações”. “É hora de tocar o barco, botar gente na rua e ir de porta em porta”, convocou.
Pesquisa não ganha eleição
Ao comentar as pesquisas, Haddad relembrou a sua campanha para a prefeitura de São Paulo em 2012 e da presidenta Dilma Rousseff em 2014. “Eu me tornei prefeito de São Paulo sem liderar nenhuma pesquisa Datafolha e Ibope em 2012”. Ele comentou ainda que em 2014 os adversários de Dilma Rousseff tiveram que cancelar a champagne na comemoração que estava preparada em Belo Horizonte.
“Até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o resultado oficial quando o voto do povo começou a chegar. Era o quarto recado do povo dizendo não para o projeto que eles representam. Era não para o atraso, não para o desrespeito. A quarta vitória do povo nunca foi aceita e levou o Brasil à crise que vivemos hoje”, completou.
Haddad reiterou que a eleição é o momento de resgatar o país e os projetos de desenvolvimento com inclusão social. “O projeto que nós representamos é o projeto que vai tirar o pais da crise. Setores que há 500 anos são esquecidos terão a chance de trabalhar, de estudar e de progredir. Esse é o projeto de Lula que até hoje é respeitado pelo povo trabalhador”.