Envio de caças F-16 e tropas dos EUA agrava crise na Ucrânia
Na semana que se inicia, 300 soldados norte-americanos e 12 caças F-16 da Marinha dos EUA serão transferidos “para um treinamento” para a base aérea na localidade de Lask, na Polônia, segundo adiantou neste sábado (7) o ministro da Defesa polonês, Tomasz Siemoniak, em entrevista coletiva.
Em virtude de um acordo entre os Estados Unidos e a Polônia datado de 2011, unidades da Força Aérea dos EUA são enviadas trimestralmente à Polônia, numa base rotativa, para treinar pilotos locais.
O número de soldados em cada turno com duração de duas semanas a um mês não pode ser superior a 250 homens.
“Compromissos com a Otan”
O Exército dos EUA está pronto a cumprir seus compromissos perante a Otan, caso a crise na Ucrânia o exija, declarou Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Exércitos estadunidenses.
“Temos compromissos perante os nossos aliados da Otan. Assim, quero lhes assegurar que, caso surja uma situação que nos obrigue a cumprir esses compromissos, reagiremos”, afirmou Dempsey.
O general acrescentou que se se permitir à Rússia intervir em um Estado soberano sob pretexto de proteção da minoria étnica da Ucrânia, toda a região do Leste europeu e os Bálcãs ficarão ameaçados de desestabilização.
Enquanto isso, colunas de tropas ucranianas, compostas por caminhões e carros blindados, saíram das províncias de Zhitomir e Lviv em direção à cidade de Perekop, na Crimeia, informaram agências noticiosas. Entretanto, Igor Tenyukh designado ministro da Defesa da Ucrânia, informou na reunião do governo que não se prevê qualquer deslocamento de tropas em direção à Crimeia.
Para Tenyukh, as Forças Armadas ucranianas realizam exercícios para verificação em polígonos de treinamento sua capacidade combativa.
“Não estão previstos nem haverá quaisquer deslocamentos de forças armadas em direção à Crimeia”, disse.
Suspensão do Tratado de Moscou
O Ministério da Defesa da Rússia está considerando a questão de suspender o recebimento das equipes de fiscalização no âmbito das obrigações decorrentes do Tratado de Moscou (Tratado sobre Reduções Estratégicas Ofensivas assinado em 2002 entre a Rússia e os Estados Unidos) e do Documento de Viena da Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE), de 2011, sobre as medidas de reforço de confiança e segurança, divulgou no sábado uma fonte diplomática russa.
Tal passo poderá ser dado em resposta às declarações do Pentágono sobre a intenção de suspender a cooperação com departamentos militares russos.
A fonte sublinhou que “as ameaças infundadas por parte dos EUA e da Otan contra a política ucraniana da Rússia são consideradas como um gesto hostil e permitem declarar o caso de força maior”.
Portal Vermelho