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Marconi Perillo, preso, dorme em sala, segundo advogado

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Gente boa do Blog, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) passou a primeira noite preso na sede da Polícia Federal em Goiânia.

De acordo com a defesa de Perillo, o ex-governador dorme em ‘sala’ e não em ‘cela’, em virtude do cargo que ocupou em 4 anos.

Marconi Perillo estava prestando depoimento sobre a Operação Cash Delivery que apura o recebimento de  R$ 12 milhões em propina da empreiteira Odebrecht para campanhas políticas, quando foi preso pela Polícia Federal.

Segundo informações do advogado, Marconi respondeu a 51 perguntas em seu depoimento, disse que “todas as doações às campanhas políticas das quais participou foram legais”.

Ele também afirmou que não tinha nenhum tipo de relação com executivos da Odebrecht.

De acordo com os advogados de Marconi, “ele hoje está em uma sala que prepararam para ele, e não uma cela. Uma sala que dá um pingo de dignidade, tendo em vista que ele foi governador do estado por quatro vezes”.

Confira abaixo nota da defesa do ex-governador:

Marconi Perillo acaba de prestar longo depoimento enfrentando absolutamente todos os pontos que a Polícia Federal indagou. Ele estava na sede da PF para prestar depoimento quando foi surpreendido com o decreto de prisão. Nenhum fato novo surgiu que justificasse esta prisão. A Policia Federal agiu com serenidade e profissionalismo e os direitos do Marconi foram preservados. Ele se encontra na sede da Polícia Federal.Mesmo considerando injusta a prisão, ele resolveu prosseguir no depoimento pois tem certeza de que não praticou nenhum ato ilícito. Entende a defesa técnica que tudo foi satisfatoriamente esclarecido. É evidente que toda e qualquer pessoa pode ser investigada, ninguém esta acima da lei, mas a prisão por fatos pretensamente ocorridos em 2010 e 2014 é teratológica, não encontra amparo na jurisprudência do Supremo Tribunal. Vivemos um momento punitivo e de criminalização da atividade política. Esta tensão desnecessária não faz bem para a estabilidade democrática. A Defesa acredita que, assim como o TRF ja concedeu liberdade a outros investigados, afastando o equivocado argumento de necessidade de prisão nesse momento, a defesa acredita na altivez e independência do tribunal, para que a Justiça seja resgatada.