Doria pratica ‘nova’ política no PSDB e expulsa vice-presidente da legenda
Praticando a “nova” política dentro do PSDB, aliados do candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, expulsaram o ex-governador paulista Alberto Goldman, o secretário estadual de Governo Saulo de Castro e mais 15 filiados da legenda sob a justificativa de infidelidade partidária.
O motivo da desavença é o apoio de parte de lideranças tucanas ao candidato Marcio França, do PSB. Segundo fontes, a ação também buscar fazer uma limpa no diretório e tirar os desafetos de Doria para tomar o controle da legenda. Com a derrota de Geraldo Alckmin na corrida presidencial, a ala pretende aproveitar a derrota de caciques para ocupar o espaço.
“Eles podem recorrer às instâncias superiores do partido. Mas a decisão está tomada. Já estão expulsos”, disse o dirigente municipal, vereador João Jorge, em entrevista à Folha. “Saulo acompanhou Márcio França para cima e para baixo com bóton no peito. Goldman fez críticas severas ao nosso candidato João Doria e apoiou Skaf”, justificou Jorge.
Goldman manteve o tom crítico. “Será que ele tem o AI-5 na mão e eu não sabia? Tem gente que está pensando que está na ditadura e que ele é o ditador”, afirmou ele, se referindo a Doria.
Goldman disse que qualquer filiado pode pleitear a expulsão de outro, desde que siga um rito processual. “Não tem nenhum panaca nesse partido que tenha condição moral de pedir a minha expulsão”, rebateu.
Goldman reforçou sua crítica ao tucano. “Sou contra Doria pela conduta que sempre adotou em relação a uma série de problemas na cidade. Foi péssimo prefeito, não fez gestão coisa nenhuma, e além disso o caráter dele. Você pode ter divergências políticas e administrativas, mas caráter não. Ele é homem que não respeito seu caráter e sua forma de agir desde muito tempo”, disse em entrevista à rádio Jovem Pan.