O carnaval de Três Ranchos parece não ter agradado como em edições anteriores
Apesar da prefeitura municipal de Três Ranchos ter anunciado que o seu carnaval atrairia pelo menos 30 mil pessoas por noite, mesmo com a volta do tão esperado Motocross, a expectativa não foi superada.
A corrida de motos foi a principal atração do evento que contou também com grandes apresentações musicais, como Maristela Müller e a banda baiana Patakundum, além da animação de DJs, som automotivo e programações esportivas. Para o evento, a administração municipal investiu cerca de R$ 250 mil e o governo do estado R$ 100 mil, totalizando R$ 350 mil.
A frustração de vários turistas e moradores da cidade do Lago Azul tomaram as redes sociais e foi o que mais se comentou durante a festa. Teve gente que mesmo tendo pagado hospedagem na cidade, preferiu procurar outros lugares para curtir a festa. Os hotéis estavam lotados, mas muitas casas de veraneio não foram alugadas, algo que não acontecia em edições passadas.
A explicação para a queda da expressividade do carnaval de Três Ranchos pode estar na concorrência com outras cidades que vem investindo pesado na realização desse evento ao longo dos anos, e o surgimento de outros polos turísticos em Goiás, como São Simão, no sul do Estado, e Minaçu, Uruaçu e Niquelândia, no norte de Goiás; entre outros.
Além de competir com redutos turísticos mais antigos como Caldas Novas, Pirenópolis, Goiás, Paraúna e etc., o cartão postal de Três Ranchos, o Lago Azul, nome que apelida a cidade, está muito abaixo do seu nível normal e isso pode ser outra explicação para o enfraquecimento de seu carnaval.
A Prefeitura do município investiu pesado também na parte de limpeza urbana, Saúde Pública e segurança nos dias do evento. Várias ambulâncias e UTIs do Corpo de Bombeiros e do Samu foram colocadas à disposição dos foliões. Aproximadamente 40 policiais e bombeiros fizeram a segurança na parte urbana e às margens do lago.
Perdendo o status de ter um dos carnavais mais agitados do estado a festa em Três Ranchos, dessa vez, foi voltada a todos os públicos, das crianças aos idosos, e o típico jeito jovial de se curtir baladas com sons mecânicos de estremecer o chão não foi possível na área urbana da cidade por causa das leis de proibição à poluição sonora; o que pode ter sido outro agravante para queda do prestigio do evento na cidade.
Por: Gustavo Vieira