Mulheres alertam que atual sistema eleitoral favorece os homens
A proximidade do Dia Internacional da Mulher – 8 de Março – e o ano eleitoral contribuem para a discussão cada vez mais frequente sobre a participação feminina na vida política do país e o empoderamento das mulheres. Para a coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), o mais desafiador e importante no sistema eleitoral atual é “libertar o voto do poder econômico”.
Para tanto, Jô afirma ser essencial acabar com o financiamento privado de campanhas, tema sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). “As empresas tendem a investir nos homens, que concentram o poder partidário”, justificou.
Além disso, a parlamentar defende o voto em lista fechada, em que o partido apresenta uma listagem prévia de nomes e o eleitor escolhe apenas a legenda. Para Jô, a lista deveria ser proporcional, ou seja, para cada homem eleito haveria uma mulher, por exemplo.
Já a coordenadora do Comitê Multipartidário de Mulheres, Mona Zeyn, acredita que para igualar a situação dos gêneros, o público feminino deveria ter garantidos 30% da participação nas mídias das legendas e no fundo partidário.
A presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Sued Haidar, porém, diz ser fundamental aumentar cada vez mais as candidaturas femininas. De acordo com ela, quando o PMB conseguir se formalizar no país, 70% dos seus quadros serão preenchidos por mulheres.
O integrante da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mário Lúcio Quintão, concorda que o caminho está nos partidos. “Trata-se de sensibilizar as legendas.”
Portal Vermelho