Mulheres contra Bolsonaro reforçam ato dia 29: Ameaça não nos intimida
No dia 15 de setembro, o grupo do facebook “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” sofreu ataque de hackers. Na segunda-feira (24) uma das administradoras do grupo foi agredida por homens armados no Rio de Janeiro. Lideranças feministas denunciam ameaças nas redes e fora delas na semana do ato #EleNão, que protesta contra a candidatura do presidenciável. Protestos programados para o sábado, dia 29, ganham força no Brasil e no mundo. Confira AQUI ato na sua cidade.
Por Railídia Carvalho
Exemplo da agressão e ameaças é a cantora sertaneja Marília Mendonça. Nesta semana, ela pediu paz e revelou que a família estava sendo ameaçada após ela postar vídeo aderindo à campanha #EleNão. A artista retirou do ar a postagem contra Bolsonaro. Essa pressão vinda de partidários da campanha de Bolsonaro se intensificou com a popularização da campanha #EleNão, que denuncia a candidatura fascista do deputado.
“As lideranças e mobilizadoras da campanha contra Bolsonaro tem recebido ameaças e tem páginas nas redes invadidas. Tanto nas redes quanto fora delas as mulheres tem sido constrangidas quando se posicionam contra Bolsonaro”, afirmou a presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM), Vanja Santos.
Segundo ela, esses ataques tem sido recorrentes no Rio de Janeiro. “A agressão e ameaça sofrida por mulheres que vem de grupos que apoiam o candidato Bolsonaro não nos intimidam porque muitas mulheres lutaram antes para assegurar a democracia. Hoje é nosso papel lutar por um país solidário, justo. E esse mundo é bem diferente do que prega Bolsonaro”, argumentou Vanja.
O jornalista Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, afirma que a trajetória de Bolsonaro não tem as características para comandar o pacto social e político que o Brasil precisa para superar a crise. Ainda de acordo com o consultor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) o presidente do país precisa ter “equilíbrio, capacidade de diálogo, autoridade moral e legitimidade política”. “É preciso formar consenso e não fomentar vingança”.
21 de setembro de 2018: Mulheres caminham no Rio de Janeiro por mais participação na política e contra o fascismo