Nova pesquisa traz Lula com 33% e Bolsonaro com 20%. Sem Lula, Haddad vai a 14%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta recursos nas cortes superiores para poder disputar a eleição, ainda sustenta liderança com 33% das intenções de voto para a Presidência da República. O percentual foi divulgado nesta sexta-feira (7) pela XP/Ipespe, e traz em segundo lugar o deputado Jair Bolsonaro (PSL), com 20%, seguido por Ciro Gomes (PDT) com 8% e Marina Silva (Rede) com 7%.
A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 5, antes, portanto, do ataque a Bolsonaro – que ostenta a maior taxa de rejeição: 62% dizem que não votariam nele de jeito nenhum. E antes também de Michel Temer divulgar sua séria de vídeos em que critica a “falsidade” de Geraldo Alckmin (PSDB) e de seu partido por tentar esconder a ligação dos tucanos com o golpe e com o atual governo. Alckmin aparece com 5%, em quinto.
Num cenário sem Lula, o candidato a vice, Fernando Haddad, com apoio do ex-presidente, alcança o segundo lugar, com 14%. Bolsonaro assume a dianteira com 20%, Ciro e Marina empatam com 8% e Alckmin vai a 7%. Sem a menção do apoio de Lula a Haddad, este fica com 8% e Ciro e Marina sobem a 11%.
O levantamento ouviu 2.000 eleitores e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
O site de notícias relacionadas ao mercado financeiro Infomoney avalia que a agressão a Bolsonaro pode fazer com que sua rejeição diminua e o deputado passe a ser mais beneficiado pela decepção do eleitorado anti-lula com os demais adversários do petista, como Alckmin, que não deslancha. O dólar fechou o dia em queda e a Bolsa, em alta.
O analista da XP investimentos Richard Back diz que a facada pode “aumentar a chance de Bolsonaro ir para o segundo turno. “Ele estava perdendo votos e, de repente, vira vítima quase do tamanho de Lula. O corretor Pablo Spyer observa que o deputado tinha 9 segundos de propaganda na TV e “agora tem 24 horas em todos os veículos”.
O mercado, diz o site, já vinha simpatizando com o candidato da extrema-direita por ter na campanha um economista favorável a privatizações e reformas liberais.
Brasil de Fato