Polícia prende suspeitos pelo desaparecimento de Priscila Brenda
Sem tempo para qualquer reação foram presos nesta manhã Paulo Vitor Azevedo e Claudomiro Marinho, apontados pela Polícia Civil como sendo os responsáveis pelo desparecimento da garota Priscila Brenda, na época com 14 anos. Ela morava com sua família no distrito de Pires Belo, em Catalão.
A jovem foi vista pela última vez na noite do dia 11 de dezembro de 2012 ao entrar no carro de Paulo Vitor, seu namorado, após um desentendimento passional. Essa versão é sustentada pelos moradores da localidade e também pela polícia.
Segundo a delegada Alessandra Maria de Castro, responsável pelo caso, os dois foram presos após várias investigações que reafirmam a possibilidade de os rapazes terem cometido o crime.
Priscila desapareceu depois de um encontro com seus amigos em uma lanchonete. Perto da meia noite e acompanhada de um rapaz, provavelmente seu ex-namorado, foi deixada por ele perto de sua casa e Paulo Vitor não teria gostado do que vira. O ocorrido gerou uma briga que foi vista por moradores próximos da casa da garota.
Paulo Vitor nega ter sido o responsável pelo desaparecimento da jovem, mas a polícia garante ter sido ele à última pessoa a estar com Priscila antes de seu sumiço. Já Claudomiro acompanhava Paulo Vitor no dia em questão e por isso é apontado como participante no caso. A polícia alega que seus depoimentos em relação aos fatos são desconexos e inseguros, o que coloca mais duvida sobre a inocência dos dois.
A advogada de Paulo Vitor, Aremita Aparecida, disse que a prisão de seu cliente não tem fundamento porque “ele sempre atendeu a todas as solicitações da polícia e da Promotoria Pública quando chamado e, inclusive, sempre se colocou à disposição caso fosse mais uma vez convidado a depor (…). Paulo Vitor tem residência fixa e emprego e nunca se indispôs em colaborar. Ele sustenta e eu confio que nem namorado dela ele era e sobre sua culpa, de acordo com os autos, (…) naquela noite Priscila ligou para um rapaz também de Campo Alegre e no momento em que houve a tal briga ela já estava no carro desse rapaz, que não vou dizer o nome. Paulo Vitor se encontrava em um quiosque com outras moças”, disse a advogada.
Aremita contou ainda que não sabe o porquê de outras pessoas não terem sido investigadas até agora e que também foram vistas com Priscila ante de seu desaparecimento.
O Dr. Sebastião P. Ribeiro Júnior, advogado de Claudomiro, disse à nossa reportagem que não consta nos autos de investigação qualquer participação dele no desaparecimento de Priscila, e que até mesmo a família da menina não o reconhece como tendo participação no caso. “Todo esse desconforto [em relação à Claudomiro] é porque viram ele junto de Paulo Vitor no dia em questão. Mas ele foi embora do distrito muito antes disso tudo ocorrer. Ele não participa em nada no sumiço da menina e não a conhecia também”, contou.
Luciene Pereira Martins, mãe de Priscila, confirmou à nossa reportagem não conhecer Claudomiro, mas apontou Paulo Vitor como sendo o assassino de sua filha. “Eu tenho certeza disso e agora quero justiça. Minha filha está desaparecida há um ano e três meses e agora acredito que tudo vá terminar bem. Fico feliz em partes porque não tenho minha filha comigo”, lamentou Luciene.
Os dois rapazes permanecer presos preventivamente até que a delegada entregue à Justiça o inquérito para elucidar o caso. Paulo Vitor e Claudomiro, indiciados por crime qualificado, negam o crime e podem recorrer da decisão.
Por: Gustavo Vieira