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Professores argentinos fazem greve de 48 horas por melhores salários

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O recomeço das aulas após as férias de inverno será adiado em vários pontos da Argentina, uma vez que a Confederação de Trabalhadores da Educação convocou uma greve de 48 horas em defesa da negociação coletiva.

Resumen Latinoamericano

Manifestação de professores na Praça de Maio, em Buenos Aires, em 2017Manifestação de professores na Praça de Maio, em Buenos Aires, em 2017

No quadro do longo conflito que os professores mantêm com o governo de Maurício Macri, exigindo negociação coletiva, melhores salários e condições de trabalho, e dizendo “não” à política de destruição da Escola Pública, a Confederação de Trabalhadores da Educação da República Argentina (CTERA) declarou-se em estado de “mobilização e alerta”, e decidiu convocar uma nova paralisação, na semana passada, depois de as mais recentes negociações com o governo não terem resultado em um bom acordo.

Com a greve de 48 horas, iniciada nesta segunda-feira (30), que terá incidência na Cidade de Buenos Aires e nas províncias de Buenos Aires, Chaco, Corrientes, Santa Cruz e Terra do Fogo, os professores exigem a resolução dos conflitos latentes nestas regiões, a “abertura urgente de negociações salariais” com os docentes a nível nacional e uma nova lei de financiamento para a educação pública.

Em comunicado, o CTERA expressou ainda o seu mal-estar com o pedido de ajuda financeira do governo ao Fundo Monetário Internacional, que, em seu entender, trará consequências negativas para os professores, como o ataque ao Fundo de Incentivo Nacional Docente (complemento salarial) e ao direito de reforma.

“Pedimos o fim da perseguição e da estigmatização das organizações sindicais e dos seus dirigentes, reafirmando mais uma vez que a solução para os conflitos deve ocorrer num quadro de diálogo e consenso, e não de ameaças aos trabalhadores”, diz o comunicado oficial da Confederação.

No final de Maio, a Marcha Federal Educativa reuniu mais de 200 mil professores argentinos na capital do país, em luta pela negociação coletiva e contra a degradação da Escola Pública.

Fonte: Abril Abril