Antônio Gomide reforça sua pré-candidatura ao governo de Goiás em visita a Catalão
O debate eleitoral ainda não começou oficialmente, mas os pré-candidatos já movimentam as agendas políticas e o contato nas redes sociais. Vistos como postulantes, na corrida para a sucessão ao governo estadual, alguns tem se destacado muito nessa estratégia política e um deles é Antônio Gomide, prefeito de Anápolis pelo PT.
Visando percorrer todo o interior goiano em busca de uma maior aproximação com o eleitorado Gomide esteve em Catalão neste domingo, 23, e foi recepcionado por prefeitos de cidades da região, militantes e simpatizantes do partido. O encontro aconteceu na Câmara Municipal.
Gomide quer aproveitar o status de ser um dos prefeitos mais bem votados do Brasil além de ter aprovação positiva de aproximadamente 90% da população anapolina, para, assim, chegar ao Palácio das Esmeraldas como governador do Estado. “Essa é minha intensão, é o interesse do PT que me escolheu para representar o partido nessa luta. Acredito que chegou a vez de poder mostrar a política que Goiás ainda não vivenciou, com crescimento, assistencialismo e empenho. Para isso, usarei o exemplo implantado por mim em Anápolis, uma cidade considerada problema há muito tempo e hoje tem o segundo maior PIB do Estado, é um lugar que hoje contribui com a riqueza de Goiás”, disse.
Sobre o interesse da sigla em disputar as eleições para governador e, com isso, deixar de apoiar o PMDB (partido esse qual o PT sempre foi coligado) que vem forte e com o mesmo intuito, Gomide explicou que entre as duas legendas as parcerias e os diálogos continuam e que o interesse de seu lado político não é atrapalhar ou derrubar seu antigo/mamente aliado, mas “destronar” Marconi Perillo do governo.
“Aqui [em Goiás] nós temos todas as condições de poder unir as oposições e ganhar o atual governo. O povo não está cansado não é do PT e nem do PMDB, mas do PSDB que governa há 16 anos (…). Nós queremos conversar com o PMDB e aliados à medida que ele decidir qual será seu pré-candidato em definitivo. Da nossa parte o PT vai definir sua vida, sendo cabeça de chapa ou não, só no dia 29 de março”, respondeu Gomide ao ser indagado sobre o desconforto entre seu partido e o PMDB caso realmente registre sua candidatura ao governo.
Não escondendo a insatisfação do desamparo do PT na corrida para governar o Estado, a bandeira de Iris Rezende (PMDB), um dos nomes cogitados a brigar pelo posto, deixou transparecer em alguns veículos de comunicação que poderá não apoiar a reeleição da petista presidente Dilma Rousseff na terra do pequi, se realmente for concretizado o desmembramento das forças. “Eu não acredito nisso até porque o PMDB tem a vice-presidência da Republica e vários ministérios. Todos nós sabemos disso e estaremos juntos na reeleição da presidente e também para ganhar as eleições para governo em Goiás”, retrucou Gomide que segue com sua pré-candidatura levando confiança e muito duvida a seus aliados ou antigos companheiros de estrada.
Em entrevista recente ao Jornal Opção, Gomide disse que só sai da Prefeitura para buscar um único cargo. “Nem vice nem Senado: só sairei da Prefeitura de Anápolis para ser candidato ao governo”. Com isso, todo esse sentimento de camaradagem, se é que ele existe, pode cair por terra a qualquer momento; ou não.
Gustavo Vieira