Manuela: Se eu não defender Lula candidato, será oportunismo eleitoral
A deputada estadual (RS) Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, reafirmou o papel da candidatura do PCdoB de tentar cria unidade da esquerda no debate eleitoral e apresentar saídas para a crise, ao participar, na manhã desta segunda-feira (23), do debate “Como tirar o país da crise?”, organizado pelo DCE da faculdade de Direito da USP, em São Paulo.
e um golpe. Começou com o impeachment da presidenta eleita, Dilma Rousseff, depois com a implementação de um projeto antinacional e agora tentam impedir o primeiro colocado nas pesquisas [Lula] de concorrer às eleições”, reafirmou a pré-candidata.
Manuela enfatizou que o golpe acontece de uma maneira antidemocrática, rasgando o voto e a Constituição. Ela destacou, que o PCdoB, sempre lutou pela democracia brasileira, e na semana passada entrou com uma Ação Direta de Constitucionalidade (ADC), no Supremo Tribunal Federal (STF), contra prisão em segunda instancia. “Para nós, esse debate sobre democracia e a manutenção do Estado democrático de Direito, diz respeito à democracia. Me criticam por defender isso e se eu não ia me favorecer sem Lula. Mas me surpreende essa pergunta”.
“Se eu não defender isso, se eu não defender a democracia, de Lula disputar a eleição – já que prender Lula é a continuação do golpe – será puro oportunismo eleitoral que tantos outros candidatos se interessam”, afirmou.
Manuela salientou que o Manifesto da sua pré-candidatura é baseada no compromisso das liberdades. “Achamos que o Brasil precisa ter liberdade para construir o próprio caminho para o enfrentamento da crise”, pontuou. Ela destacou que o documento defende a liberdade do Brasil se desenvolver como nação, as liberdades das garantias individuais e a liberdade do ex-presidente Lula, que atualmente é um preso político.
“Esse conjunto de liberdades é o que estrutura a nossa pré-candidatura e nós acreditamos que seja o caminho para o Brasil sair dessa crise política e econômica”, frisou a pré-candidata do PCdoB.
Ensino superior
“A universidade pública é estratégica. Que espaço formulará brasileiros e brasileiras para desenvolverem socialmente o Brasil se não o espaço das universidades públicas? E hoje vivemos um desmonte das universidades assim como foi no governo FHC”, lembrou a pré-candidata.
Também participaram do debate, o professor Alessandro Octaviani e a presidenta da União Juventude Socialista (UJS), Carina Vitral.