Datafolha desmente Folha: Lula é mesmo imbatível
Vale sempre a pena, depois de divulgada qualquer pesquisa do DataFolha, procurar o site do próprio instituto para comparar com a dita cuja publicada no jornal do mesmo grupo.
O instituto busca manter um mínimo de credibilidade, enquanto o jornal tornou-se no que todos vimos ao longo dos anos.
Não há jornalismo nem preocupação com a notícia. Na luta política em curso no país, o que interessa é liquidar Lula, o PT e a esquerda.
Dane-se o jornalismo.
Chega a ser hilário. Veja a manchete da Folha do domingo, ao anunciar a pesquisa: “Prisão enfraquece Lula e põe Marina perto de Bolsonaro”. Veja a manchete do site do Instituto na manhã desta segunda, ao apresentar a íntegra da pesquisa: “Preso, Lula mantém a liderança em disputa da Presidência”.
Será que o DataFolha foi assaltado por perigosos lulistas? Não, acreditem. Qualquer pessoa abertamente simpática a Lula nas empresas dos Frias tem destino certo: a demissão. Ora, se hordas de petistas não tomaram a direção do Instituto, como se explica a manchetes do site do DataFolhas? Duas palavras: honestidade intelectual.
Outras informações que o jornal escondeu de você mas que é possível encontrar no relatório de pesquisa no site do DataFolha:
1. Lula é amado pelo povo. Entre os mais pobres (até 2 SM) ele tem 39% das intenções do voto.
2. Lula é odiado pelos ricos. Entre os mais ricos (mais de 10 sm) apenas 18% optam por ele -é possível imaginar que nos níveis de renda ainda mais altos o número vire pó, dada a curva dos mais pobres aos mais ricos.
3. O racismo explícito na escolha: a curva da intenção de votos é impressionante: dentre os brancos e brancas, Lula tem 20%; dentre os que se declaram como pardos e pardas, 35%; pretos e pretas, 34%; amarelos e amarelas, 34%; e entre os indígenas, incríveis 48%.
4. Lula lidera em todas as regiões do país, exceto no Centro-Oeste, onde empata com Bolsonaro: 23% no Sudeste, 23% no Sul, 50% no Nordeste, 34% no Norte e 23% no Centro-Oeste (Bolsonaro tem 24%)
5. Lula lidera nas regiões metropolitanas, no interior e no litoral; nos municípios de todos os portes. Nas capitais e regiões metropolitanas tem 29%; no interior, 32%. Nos municípios até 50 mil habitantes 34%; de 50 mil a 200 mil, 35%; de 200 mil a 500 mil, 25%; nos de mais de 500 mil habitantes, 27%. Cai por terra a tese de que a candidatura de Lula seria “dos grotões”. Tantos nas capitais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 500 mil habitantes, ele tem praticamente o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Bolsonaro.
6. Lula lidera no Estado de São Paulo! No Estado onde o PT perde eleições desde 2002, Lula tem quase o dobro da intenções de voto de Alckmin (20% a 11%). O tucano é apenas o terceiro em seu próprio Estado, depois de Bolsonaro (14%).
7. A rejeição a Lula despenca! O número de eleitores que dizem não votar em Lula de jeito nenhum é de 36%. O número já está perto do índice da eleição de 2002 (33%); em 2016, chegou a 57% e, em dezembro passado, estava em 39%. A rejeição de Bolsonaro (31%) e Alckmin (29) começam a se aproximar da de Lula. O campeão da rejeição é Temer: 64%, o presidente mais impopular da história.
8. Nas projeções de segundo turno, uma lavada: Lula 48% a Bolsonaro 31%; Lula 48% a Alckmin 27%; Lula 46% a Marina 32%
9. O poder de transferência de Lula é enorme: 46% dos eleitores admitem votar num candidato indicado por ele. Para se ter uma ideia esse percentual cai a 31% no caso de uma indicação de FHC e a 12% no caso de Temer. Mais da metade (55%) dos mais pobres admitem votar num candidato apontado por Lula.
Não tem pra ninguém. Lula é imbatível mesmo, como mostra o DataFolha.
Não adiantaram horas e horas e horas de Jornal Nacional, páginas e páginas dos jornais e revistas, bytes e bytes dos portais e sites e blogs de direita, toda a sanha de Moro e dos ricos. Não adianta de nada as distorções e manipulações da Folha. Nada consegue derrubar Lula.
Precisaram colocá-lo Lula na cadeia e querem em breve impedi-lo de concorrer.
Os números, entretanto, mostram que o país não quer outro presidente que não seja Lula.
Brasil 247