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Garis da cidade de Cumari reclamam de perseguição no trabalho e descaso do poder municipal

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Sem luvas, calçados, camisas de manga comprida, calças adequadas, máscaras e proteção contra os raios solares, os garis da cidade de Cumari, distante 33 quilômetros de Catalão, dizem que além das péssimas condições de trabalho a que são submetidos correm o risco de adoecer por causa do trabalho.

Esses profissionais que passam o dia limpando a pequena cidade que tem aproximadamente 3 mi moradores, dizem sofrer também perseguição no trabalho. É o que conta Leontina Aparecida de Melo Gomes, que exerce a função no munícipio há vários anos.

Segundo ela, há mais de cinco anos os servidores da área não tem nem se quer os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que são exigidos por lei pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O artigo 7º, inciso XXII, da Constituição Federal de 1988, que dispõe sobre a necessidade do uso de equipamentos de segurança no trabalho, impõe como dever do empregador reduzir os riscos inerentes ao trabalho e, entre as providências nesse sentido, está o fornecimento de EPIs e a garantia de utilização por parte do empregado, mediante fiscalização da empregadora.

“Mas não é isso que acontece por aqui. Nós trabalhamos todos os dias com a nossas roupas e calçados e devido a essa falta de cuidado duas garis estão afastadas por problema de pele, uma inclusive sofre mais com isso porque existe a suspeita de que ela esteja com câncer em estágio inicial”, disse Leontina. Ela acrescentou também que a equipe da limpeza vem com frequência sofrendo perseguição no trabalho por parte do chefe de setor, de nome Lázaro Ivan.

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Segundo a servidora, muito já foi feito para que o apelo do grupo chegasse ao prefeito da cidade, Marquinho do Bento, mas tudo foi em vão. “Isso não pode continuar assim. Há cinco anos não recebemos o nosso adicional de insalubridade e ainda sofremos perseguição no trabalho. Não podemos nem parar para ir ao banheiro ou tomar água que eles nos pressionam. Nossa classe já é excluída pela sociedade, vista com olhar de preconceito e ainda passar por tudo isso. Não dá”, desabafou Leontina. A funcionária pública contou ainda que a situação se agrava ainda mais por seis dos dez garis estarem afastados de licença ou férias, “e o trabalho que já não é pouco, se complica pelo baixo número de mão de obra”, acrescentou.

A reportagem tentou contato com o prefeito Marquinho do Bento até o fechamento desta reportagem, mas não obtivemos sucesso. No exercício da democracia o Blog do Mamede abre espaço ao prefeito e também a seu subordinado, Lázaro Ivan, para o uso do direito de resposta.

 

Por: Gustavo Vieira

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