Nova etapa: Mais Médicos chegará a todas as cidades com baixo IDH
A terceira etapa do programa Mais Médicos, iniciada neste mês, vai garantir o atendimento de todos os 1.473 municípios brasileiros com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo, muito baixo ou com pelo menos 20% da população em situação de extrema pobreza, que solicitaram profissionais ao Ministério da Saúde. Ao todo, serão 2.890 novos médicos trabalhando no país. A estimativa foi dada na terça-feira (11) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, em coletiva de imprensa.
O número total de cidades atendidas pelo programa, disse Chioro, aumentará das atuais 2.166 para 3.279 e a população diretamente beneficiada passará de 23 milhões para 33 milhões. Os profissionais do terceiro ciclo devem começar a trabalhar já em março, totalizando pelo menos 9,5 mil profissionais na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Atingir, já no terceiro ciclo, 100% da demanda nos municípios pobres é um feito muito significativo desta parceria entre o governo federal, os governos estaduais e os demais ministérios envolvidos”, afirmou o ministro.
“Com esse programa, nós teremos não só a garantia do acesso, mas uma transformação importante nas condições de saúde e de vida da população brasileira, em especial esses 33 milhões que na maior parte nunca tiveram oportunidade de contar com uma equipe de saúde completa”.
Os profissionais do terceiro ciclo serão distribuídos em 1.575 municípios e 28 distritos sanitários indígenas. O grupo é composto por 422 brasileiros e 2.468 profissionais com diplomas de outros países, sendo que 2 mil médicos participam por meio da cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Os intercambistas estão cursando o módulo de avaliação do programa e devem chegar aos municípios no próximo mês, após aprovação no curso.
O reforço desses médicos permitirá ocupar 100% das vagas das regiões mais vulneráveis do país, como os municípios do Semiárido nordestino, do Vale do Jequitinhonha (MG), do Médio Alto Uruguai (RS) e do Vale do Ribeira (SP). O interior da região Norte também foi totalmente contemplada. Além disso, 219 profissionais atuarão em 142 municípios que sofreram com enchentes no final de 2013.
A meta do governo federal é preencher 13 mil postos até o fim de março, o que representa 73,8% da demanda dos municípios que aderiram ao programa. Para completar o restante, já está em andamento o quarto ciclo do Mais Médicos, ainda em fase de selecionar os municípios participantes. Atualmente, 6.658 profissionais estão em atividade pelo programa em 2.166 cidades e 28 distritos indígenas do país.
Segundo Ministério da Saúde, o atendimento a pessoas com hipertensão aumentou 27,3% entre junho e novembro de 2013 nos municípios com profissionais do programa. O atendimento a pessoas com diabetes aumentou 14,4% nesse período. Nas cidades que contam com médicos do programa foram realizadas 2,28 milhões de consultas em novembro, 7% mais que o total registrado em junho. O levantamento foi feito em 688 municípios onde atuavam 1.592 médicos.
“Esse é ainda um estudo da fase inicial do programa, mas já é um bom indício de como o programa tem sido expressivo na melhoria da assistência à população. Temos convicção de que com o andamento do programa, que atualmente conta com um número de médicos e municípios participantes muito maior, o impacto é ainda mais relevante”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, durante a coletiva.
O maior número dos médicos do terceiro ciclo do Programa Mais Médicos será alocado no Nordeste e Norte do país, 1.398. Outros 722 vão atuar no Sudeste, 537 no Sul e 276 no Centro-Oeste, além de 57 que vão para distritos indígenas. Entre os estados mais atendidos estão Minas Gerais (369), Bahia (298), Rio Grande do Sul (229), Paraná (216) e São Paulo (173).
Os brasileiros deste grupo têm até hoje (12) para se apresentarem nos municípios que escolheram. Já os estrangeiros devem concluir o curso de avaliação que está sendo ministrado em Brasília (DF), São Paulo (SP), Guarapari (ES) e Fortaleza (CE). A aprovação nesta etapa é condição para receber o registro profissionais provisório, concedido pelo Ministério da Saúde.
Fonte: Rede Brasil Atual