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Vereador Gilmar se defende na CEI que investiga supostas irregularidades no Ipasc

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A novela sobre a Comissão Especial de Inquérito (CEI), para apurar possíveis irregularidades nas aplicações dos fundos de pensão dos servidores do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores de Catalão (Ipasc), instaurada na Câmara Municipal de Catalão no fim do ano passado, chega a seus mais quentes capítulos.

O suposto desvio dos recursos financeiros da instituição municipal, que totalizam mais de R$ 11 milhões, é atribuído a três nomes: Velomar Rios, ex-prefeito de Catalão; Cristiano Sá Freire Lefévre, ex-superintendente do Ipasc na gestão de Velomar e Gilmar Antônio, atual vereador pelo PMDB.

Velomar foi ouvido por nossa reportagem recentemente e disse que tudo à cerca do assunto e seu nome envolvido, não passa de politicagem do atual governo municipal. Lefévre ainda não foi consultado até o momento por nenhum veículo de comunicação e muito menos compareceu à CEI para explicações. Ele justificou estar impossibilitado por problemas de saúde.

Já Gilmar, de coadjuvante passa a protagonista na altura da “trama”. Ele é apontado por membros do atual governo municipal como sendo o responsável pela assinatura da ata para aplicação do dinheiro em fundos podres, na época em que era presidente do Conselho Municipal de Previdência (CMP). Ele ainda é membro da instituição.

Convidado a depor na tarde desta quarta-feira, 5, o vereador Gilmar Antônio (PMDB) respondeu a todos os questionamentos a ele direcionados e negou ter assinado o tal documento, embora tenha presidido a reunião que tratou de alguns investimentos.

Circula nas redes sociais a ata do CMP que, manipulada de maneira sagaz, tenta incrimina-lo. O texto não evidência quais investimentos são esses e também não apresenta sua assinatura e nem mesmo valores, como também onde seriam aplicados.  “Isso que estão fazendo não passa de politicagem. Não sei onde querem chegar”, disse Gilmar.

Sobre a constante acusação de que é parte de um esquema que investiu milhões em fundos podres, ou seja, feito aplicação de dinheiro público em reservas que geram perdas ao invés de lucros, Gilmar disse que isso não existe e que todas as acusações são improcedentes e infundadas. “Eles também estão aplicando em títulos privados e recentemente não tem rendido. Isso tem acontecido não só aqui, mas em todo o país. Isso não passa de jogada política”, concluiu Gilmar.

O suposto desvio dos recursos financeiros da instituição municipal, que mais parece conteúdo de uma dramaturgia criada recentemente, foi atribuído a uma armação criminosa desbaratada pela Operação Miqueias, da Polícia Federal, no dia 19 de setembro de 2013.

Nesse caso, mulheres bonitas eram as articuladoras de um grupo que visava fazer negócios, especialmente, com prefeitos de municípios com grande pujança econômica. Até o momento não existem provas concretas que mostram a participação de qualquer um dos nomes citados no esquema.

 

Por: Gustavo Vieira

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