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Greves e manifestações ao redor do mundo pelos direitos das mulheres

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AFP

 

Espanha: greve geral ‘feminista’ 

Uma greve geral das mulheres, sem precedentes no país, traduziu-se em piquetes na frente de lojas, em atrasos no transporte público e na ausência das principais apresentadoras de televisão. Os dois principais sindicatos espanhóis, UGT e CO, convocaram uma paralisação de duas horas neste dia de trabalho, seguida por cerca de 5,3 milhões de pessoas em todo país, segundo suas estimativas. Outros dez sindicatos convocaram uma greve de dia inteiro, inspirada em um movimento similar na Islândia, em 1975.

Iraque: ‘maratona’ feminina em Mossul 

Cerca de 300 mulheres participaram de uma “maratona” simbólica de 900 metros em uma avenida de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. Mossul foi recuperada em julho passado das mãos dos extremistas do Estado Islâmico (EI). “Com essa maratona, queremos devolver o lugar da mulher, que passou muito tempo sendo marginalizada em Mossul”, disse a organizadora do evento, Fatima Khalaf. Entre as organizadoras, algumas levavam cartazes que lembravam as duras realidades sofridas pelas iraquianas: “Chega de casamento de menores!”, “Rompa o silêncio e diga ‘não’!”, ou “Tenho o direito de me expressar livremente”.

Alemanha: Merkel quer mais deveres para os homens

“A luta das mulheres pela igualdade continua”, afirmou em um vídeo a chanceler Angela Merkel, segundo a qual ainda há muito por fazer “para que as mulheres obtenham os mesmos direitos, mas também novos deveres para os homens”. Ela disse ainda que haverá, “certamente, uma combinação interessante de homens e de mulheres” em seu futuro novo governo.

Egito: honras para Nefertiti

O Museu egípcio do Cairo expõe excepcionalmente três tesouros que destacam o papel das mulheres no Egito Antigo. Uma dessas obras é uma cabeça de quartzito de Nefertiti, lendária rainha da beleza que exercia um papel político e religioso fundamental há mais de 3.300 anos ao lado de seu marido, o faraó Akhenaton.

Noruega: “Fearless girl” em Oslo

Uma réplica da “Fearless girl” – a “garota sem medo”, a célebre estátua instalada há um ano da garota que enfrenta o touro em Wall Street – foi inaugurada em Oslo, diante do Parlamento norueguês. “Ela está lá para saudar o fato de a Noruega ter conseguido dar à luz líderes mulheres no governo e no mundo dos negócios e também para lembrar que ainda temos um longo caminho pela frente”, explicou à rede TV2 o bilionário Christian Ringnes, que comprou a estátua.

França: jornal mais caro para homens

O jornal francês “Libération” estava sendo vendido hoje 25% mais caro para os homens, para simbolizar a desigualdade salarial entre os sexos, com a média nacional chegando a 25%. O primeiro-ministro Edouard Philippe anunciou medidas para acabar com essas desigualdades no mundo do trabalho, enquanto a França aparece entre os piores países nessa matéria.

Rússia: multidão na frente da Duma

Por iniciativa da Anistia Internacional, um pequeno grupo de pessoas – entre elas Ksenia Sobtchak, candidata da oposição à eleição presidencial de 18 de março – reuniu-se diante da Duma (a Câmara Baixa do Parlamento russo), em Moscou, para apoiar jornalistas que acusaram o deputado Leonid Sloutski de assédio sexual. A URSS foi pioneira em relação aos direitos das mulheres há um século e, em 8 de março, decretou feriado em 1965 – o que permanece até os dias de hoje na Rússia atual. Mas os casos de assédio sexual são, na maioria das vezes, relativizados, minimizados e até tratados com ironia.

Itália: greve contra a violência

Uma convocação à greve para protestar contra a violência contra as mulheres foi feita de outro jeito na Itália. Lá, o movimento afetou, principalmente, os transportes: em especial metrô e ônibus em Roma, trens e o setor aéreo. Vários voos domésticos foram anulados no aeroporto de Roma-Fiumicino.

Fonte: Jornal do Brasil