“Reforma na Previdência é mais um golpe nos direitos do povo”
Manuela D’Ávila, pré-candidata pelo PCdoB à Presidência da República, em entrevista por telefone à rádio Cultura do Nordeste, de Caruaru (PE), na manhã desta terça-feira (30), criticou fortemente a proposta de reforma na Previdência apresentada pelo governo de Michel Temer. Para ela, o projeto visa retirar, principalmente dos trabalhadores mais pobres, o direito à aposentadoria. “É mais um golpe nos direitos trabalhistas.”
A reforma da Previdência volta a ser pauta no Congresso Nacional em fevereiro com o fim do recesso parlamentar. Na entrevista, a pré-candidata explica que é preciso barrar mais este retrocesso do governo Temer.
“A reforma da Previdência Social põe um fim na possibilidade da aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras. Aprovada anteriormente, a reforma trabalhista vai fazer com que as pessoas não possam contribuir de forma permanente, e o que vai acontecer? Agora, eles [o governo] vão lançar uma idade mínima e não vão mexer nos maiores beneficiados, ou seja, nos que mais concentram benefícios da previdência pública. (…) O debate que precisamos fazer é anterior, o senador Paulo Paim (PT-RS), que esteve presente na CPI da Previdência Social no final do ano passado, afirmou que não há deficit. Se não há deficit por que a reforma? (…) Precisamos compreender que essa reforma de Temer, feita de última hora despejando bilhões de reais que poderiam ser investidos em políticas públicas, é um golpe contra os direitos do povo. Nós [PCdoB] somos contra e lutaremos para que ela não seja aprovada.”
Saída para a crise
Questionada sobre a principal bandeira da sua campanha eleitoral, Manuela respondeu que é debater saídas para tirar o Brasil da atual crise econômica. “Quero ser a presidenta que tirou o Brasil da crise econômica através de um projeto de desenvolvimento nacional, que visa a retomada industrial”, pontuou.
Na opinião da pré-candidata, o país não se desenvolverá se não debater uma frente ampla com a população. “O povo precisa se unir e debater.”
Indagada até onde vai a sua pré-candidatura, Manuela D’Ávila explica que a “candidatura vai até o final, no dia que acabar as eleições. A pré-candidatura vai até a convenção quando eu me tornarei candidata”.
Na entrevista, Manuela D’Ávila falou ainda sobre a condenação do ex-presidente Lula e a sua pré-candidatura à Presidência da República.
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