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Foi brincadeira, diz Wladimir Costa sobre assédio contra jornalista

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Reprodução da Internet

 

Na primeira, apresentada pelo PSB, o partido alegava que Costa teria assediado e ofendido a jornalista Basília Rodrigues, da rádio CBN, no dia da votação de denúncia contra o presidente Michel Temer. Na ocasião, ao ser indagado sobre a tatuagem que teria feito com o nome de Temer, o deputado respondeu a Basília com a seguinte frase: “para você só [mostro] se for de corpo inteiro”.

Após o episódio, a jornalista publicou em sua página pessoal no Facebook relato em que descrevia a indignação com a conduta do parlamentar. Na mesma rede social, Wladimir Costa afirmou que não havia possibilidade de assediar a jornalista “porque fugia totalmente dos padrões estéticos que, supostamente, despertaria algum tipo de desejo em alguém”.

Em sua defesa, Costa afirmou que havia feito uma “brincadeira” e que “em nenhum momento faltou com respeito à jornalista”. “Eu vejo a tatuagem como uma arte. Disse que só mostrava se fosse o corpo inteiro no intuito de divulgar a arte da tatuagem, meu amor ao meu estado. Mas remeter uma brincadeira a assédio não dá”, afirmou o deputado, após elencar as tatuagens que possui no corpo, na tentativa de justificar sua fala.

Num plenário esvaziado, e composto apenas por homens, Costa conseguiu apoio de seus pares e teve o processo arquivado, após mudança de voto do relator, o deputado Laerte Bessa (PR-DF), por 8 votos contra 5.

Para o líder do PSB, Júlio Delgado (MG), a expectativa era que Wladimir Costa recebesse ao menos uma advertência. “Nós queríamos que esta atitude acontecida aqui dentro fosse avaliada para que não se repetisse. Infelizmente, ao chegarmos para votação, sabemos da mudança do voto do deputado Laerte Bessa. Esperava que o deputado pudesse receber no mínimo uma advertência. Infelizmente, essa comissão não vem cumprindo seu papel. Esse é um fato que deveria ser melhor analisado”, disse o parlamentar.

Após a “defesa” de Costa, Laerte Bessa acompanhou o voto em separado do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), que afirmou que “somente uma mente doentia” poderia levar a fala de Costa “para o lado que o representante fez”.

De acordo com a Comissão de Igualdade para o Trabalho e Emprego, assédio sexual é todo o comportamento indesejado de caráter sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador. No entanto, para os parlamentares do Conselho de Ética, o caso é “descabido”, pois não “havia nada que atentasse contra a honra da jornalista”.

Ataque contra Maria do Rosário

Já na representação do PT, o deputado paraense foi acusado de usar o grupo de WhatsApp da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para atacar a deputada Maria do Rosário (PT-RS) por meio da veiculação indevida de imagem da filha dela.

A foto era uma montagem comparativa entre Maria Laura, filha da parlamentar, com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A legenda da montagem, que mostrava a jovem em trajes íntimos, ao lado do deputado, vestindo terno e gravata, era a seguinte: “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”.

Por 9 votos contra 4, o Conselho de Ética também arquivou a representação contra o parlamentar, pois de acordo com o relator da representação, deputado João Marcelo Souza (PMDB-MA), “a autoria e a materialidade dos fatos narrados na representação não estavam devidamente comprovadas”.

Do PCdoB na Câmara