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Dilma vai usar delação de Funaro para pedir anulação do impeachment

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), Funaro afirma que a destituição de Dilma foi comprada na Câmara pelo então presidente da Casa, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), em votação ocorrida em abril do ano passado.

Segundo o doleiro, Cunha pediu R$ 1 milhão para repassar a parlamentares para que estes votassem a favor do impeachment. O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) teria sido um dos beneficiários da propina. O parlamentar, que faltou à sessão que votou o impeachment, nega a informação.

Veja a nota da defesa de Dilma Rousseff, assinada por Cardozo:

1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a afastou da Presidência da República é nulo, em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.

2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment.

3 – A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta terça-feira, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF, em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato de uma presidenta legitimamente eleita.

4. Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade.

José Eduardo Cardozo

Advogado da Presidenta Eleita Dilma Rousseff

Portal Vermelho