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Clima de desconfiança com Maia deixa Temer preocupado com denúncia

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Reprodução da Internet

 

A medida é por conta de uma preocupação do governo com o discurso adotado pelo presidente da Câmara nos últimos dias, que demonstram um distanciamento de Maia do Planalto, por conta de disputas políticas. Para que isso não aconteça durante a votação da segunda denúncia contra o peemedebista, o que demonstraria o enfraquecimento maior de Temer com a sua base aliada, o governo quer pressão contra Maia.

Ainda de acordo com ela, o ministro Antonio Imbassahy procurou Maia para conversar. Moreira Franco, que é sogro de Maia, também foi escalado para conversar com o presidente da Câmara.

A avaliação no Planalto é de que Maia tenta cada vez mais se descolar de Temer. Na primeira denúncia a situação já não estava muito boa por conta de uma disputa interna entre PMDB e DEM por dissidentes do PSB.

O DEM estava negociando com o grupo, quando a cúpula ligada a Temer atravessou a conversa. O clima de mal-estar entre os dois se elevou e a turma do deixa disso foi acionada. Maia, no entanto, deixou clara a sua insatisfação, já que os peemedebistas acabaram levando o grupo para a sigla. “O governo só quer lealdade se for a favor dele”, reclamou Maia.

O clima de insatisfação se arrastou até a votação da primeira denúncia. Assim que terminou a votação que engavetou a investigação, Maia reclamou do que chamou de “falta de lealdade” e “truculência” do governo durante a sessão.

“Nunca esperei que o entorno do presidente fosse jogar tão baixo comigo. Isso eu não posso deixar de falar”, disse ele em entrevista à jornalistas ainda nos corredores da Câmara, no dia 2 de agosto.

Os sinais continuam demonstrando que agora, na votação da segunda denúncia, não será diferente. Às vésperas da votação Maia fez duras críticas e disse que Temer faltou com a palavra. Ele deixou claro que o DEM pode retaliar o governo em votações de interesse.

“Sobre a denúncia, Maia, nos bastidores, afirma a aliados que não vai ajudar Temer desta vez. E se irrita com as desconfianças do Planalto. Desta vez, no entanto, disse a interlocutores que não será “proativo” para ajudar Temer”, afirma a colunista do G1, nesta segunda.

Mas em entrevista na semana passada, Maia afirmou que o governo e o PMDB têm tratado o seu partido como “adversário”. “Se é assim que eles querem tratar um aliado, eu não sei o que é um adversário”, alfinetou.

E completou: “Quero que isso fique registrado, para que, quando a bancada do Democratas tiver uma posição divergente, o governo entenda. Há uma revolta muito grande na bancada, não virou rebelião ainda, mas há revolta”.

No fim das contas, tudo isso pode se resumir num mero desentendimento pontual e numa “relação estremecida”, afinal, os interesses de Maia e Temer sobre os destinos do país não são nada diferentes. Porém, na política, um abalo na relações pode provocar a mudança no caminho para se chegar a esses interesses.

Do Portal Vermelho