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Vai nessa que é sua dona Dilma..

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Na véspera de Natal, Dilma leva solidariedade às vítimas das chuvas e acompanha operações de socorro

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Presidenta Dilma levou ministros ao Espírito Santo, onde “toma o pulso” dos acontecimentos e operações de socorro às vítimas das chuvas.
A rigor, a presidenta Dilma não precisava ir pessoalmente ao Espírito Santo para que houvesse prestação de socorro, pois as políticas públicas para alerta, prevenção e socorro a desastres tem uma estrutura para entrar em ação quando necessário, sem depender necessariamente de ordens especiais da presidenta. Agora, ir para prestar solidariedade e ver se a estrutura criada está funcionando é sempre bom.

Essa estrutura tem melhorado muito com o aprendizado do que é necessário fazer, a partir de grandes tragédias anteriores como as de Santa Catarina, ainda no governo Lula, e na região Serrana do Rio de Janeiro em 2011.

Hoje temos a Força Nacional do SUS, uma equipe de profissionais de saúde com estoque de material de socorro preparado para se deslocar para áreas de desastres quando necessário. Suprem com atendimento, remédios, vacinas e, se preciso, instala até hospital de campanha. As Forças Armadas também tem longa tradição em mobilizar as tropas, helicópteros e outros equipamentos para prestar socorro em casos de ajuda humanitária nos desastres, além dos batalhões de engenharia atuarem na construção rápida de pontes móveis para não deixar populações isoladas, sem socorro ou sem mantimentos. O sistema de Defesa Civil Nacional em conjunto com os estaduais e os bombeiros também tem sua logística integrada para atuar nas situações de emergências.

Há obras do PAC em curso em várias cidades do Brasil, de drenagem, construção de represas para regular a vazão dos rios em áreas críticas, contenção de encostas, estudos de mapeamento de áreas de risco, e mudança de casas que hoje estão construídas em lugares perigosos. As obras de prevenção do PAC no Espírito Santo incluem R$ 603,4 milhões em obras de drenagem e R$ 4,2 milhões para obras de contenção de encostas.

Como é impossível resolver instantaneamente tudo o que foi mal feito em décadas, e nunca teremos como ter absoluto controle sobre as forças da natureza (até os países mais ricos do mundo não conseguem proteger 100% toda sua população de todos os desastres naturais), o mais importante, antes de tudo, é evitar mortes e abrigar as pessoas desalojadas de suas casas. Depois assegurar as condições para construírem suas casas em condições seguras e recuperar suas perdas materiais, como é feito através da Caixa Econômica Federal e de subsídios para as pessoas mais pobres.

Com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, equipado com informações de radares e satélites meteorológicos e sensores pluviométricos, prevendo situações de risco a tempo de avisar, e com os estados e prefeituras criando sistemas de alarme e treinamento da população vulnerável, muitas vidas passaram a ser salvas a tempo, ano a ano. Mas ainda tem gente morrendo, ainda que seja em quantidade bem menor. Ao governo federal cabe dar apoio técnico e financeiro, mas são as prefeituras, longe de Brasília, que conhecem onde dói o calo de cada família de cada casa do Brasil. Por isso quem ainda não traçou um plano eficiente de alarme e de treinamento da população que vive em áreas de risco para se dirigirem a um local seguro já determinado quando soar o alarme, precisa fazer isso sem esperar que a próxima tempestade do século caia na cidade. Prefeituras que fizeram isso, com um custo muito baixo, conseguiram resultados extraordinários.

http://www.cemaden.gov.br/pluviometros/
Por isso foi muito bom a presidenta Dilma ir pessoalmente se solidarizar com as vítimas capixabas em plena véspera de natal, e levar os ministros da Saúde, da Defesa e da Integração Nacional, para ver o que está funcionando e o que precisa melhorar nestas situações que sempre acontecem porque, em um país com dimensões continentais como o Brasil, todo ano sempre cai a tempestade do século ou da década em algum ponto do território nacional. Precisamos saber aproveitar o conhecimento científico, a tecnologia e, sobretudo, experiência humana, para nenhum brasileiro morrer por falta de prevenção.

Antes que me esqueça, vou repetir o que já falamos nas tragédias do passado: Quando é que as TV’s e rádios vão parar de querer faturar audiência (e dinheiro) com mortes em tragédias, em vez de dar notícias que ajudem a população a se prevenir? Em outros países, as TV e rádios noticiam furacões, tsunamis, tempestades, antes delas acontecerem, para a população se proteger. Aqui só noticiam depois.
Publicado originalmente no Blog Amigos do Presidente