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Governo Temer inicia maior ataque contra o funcionalismo público

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

A política econômica que o governo Temer (PMDB) tem aplicado deu errado em todos os países em que foi implementada, porque erra totalmente em sua concepção. O problema portanto não tem porque dar certo aqui.

Mas a crise para a qual essa política econômica nefasta arrasta o país é útil para os propósitos desse governo ilegítimo, pois serve de pretexto para fazer o que jamais um governo legítimo teria força, ou mesmo apoio popular, para tentar implementar, quiçá esse governo postiço, que não conta com nenhum apoio popular.

A crise é a justificativa, o pretexto que esse governo precisa para aprovar um ataque sem precedentes ao funcionalismo público do Brasil. Se o Supremo Tribunal Federal decidir pela legalidade da redução de jornada e salários, ao acordo que o Rio de Janeiro inaugurará seguirão outros acordos similares em boa parte dos estados, como por exemplo em Minas Gerais e também aqui, no Rio Grande do Sul.

Se esse governo pode atacar com tamanha violência os direitos dos servidores públicos estaduais, porque não atacaria da mesma forma o funcionalismo público da União, ou também o funcionalismo público municipal?

Essas possibilidades expostas têm grande chance de serem postas em prática, efetivamente, assim como foi aprovada a PEC do teto de gastos, (PEC 57).

É como o governo ilegítimo pretende aprovar a Reforma da Previdência, e no mesmo bojo um pacotaço de privatizações de empresas públicas e bancos estatais, como o nosso Banrisul.

A mídia oficial tem desempenhado seu papel no golpe, fazendo parte de uma conspiração cujo objetivo é sequestrar o ideário coletivo da população, veiculando diariamente em sua programação discussões pseudo-técnicas, sempre usando a premissa de que o Brasil não tem dinheiro, que o Estado “está quebrado” e que “tem de ser enxugado”, repetindo uma espécie de mantra no qual os governantes precisam fazer cortes nas despesas.

Todavia omitem que tais cortes representam diminuição na qualidade dos serviços prestados, corte nos serviços sociais e nos investimentos públicos capazes de tirar o Brasil dessa situação de carência de infraestrutura, abrindo assim novos caminhos para seu desenvolvimento econômico.

A verdade concreta é que os brasileiros mais ricos seguem sem pagar impostos, que as grandes empresas pegam dinheiro público com juros baixíssimos e em condições especiais, e ainda por cima seguem sonegando impostos.

A política econômica do governo ilegítimo Temer (PMDB) é explicitamente violenta contra o funcionalismo público, e também ser para com toda a população.

Esse ataque ao funcionalismo público, o pior ataque jamais visto em nossa história, é mais um ataque à população brasileira mais pobre.

Quem pagará por essa política econômia serão apenas os funcionários públicos e suas famílias, mas todos brasileiros, os mais necessitados, idosos, crianças, doentes.

Nenhum direito a menos!

*Diógenes Júnior é Assessor de Comunicação do Núcleo de Educação da CTB – RS e assessor sindical no CPERS/Sindicato – Centro dos Professores do Rio Grande do Sul

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