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Recessão Temer-Meirelles derruba 11,2% dos investimentos

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O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo, que mede os investimentos, caiu 11,4% em novembro de 2016, na comparação com igual período de 2015. A salvação nacional, por meio do retorno da “confiança”, algo tão alardeado pela gestão, continua restrita aos discursos oficiais.

O quadro não surpreende. Empresas com enorme capacidade ociosa e alto grau de endividamento – em um cenário no qual o consumo está em queda, com aumento do desemprego e da queda na renda das famílias – dificilmente voltariam a investir, puxando a retomada do crescimento, apenas porque o governo leva adiante um ajuste fiscal.

E não voltaram. O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo foi divulgado nesta segunda (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na comparação entre outubro e novembro de 2016, o indicador – que considera os investimentos em construção civil e em máquinas e equipamentos – caiu 1,1%. O Ipea destacou que, apesar do recuo em novembro, a queda é mensal é a menor desde julho.

Os dois componentes do índice comportaram-se de forma diferente em novembro. O consumo aparente de máquinas e equipamentos recuou 4,3%, enquanto o indicador da construção civil cresceu 1,8% sobre outubro, interrompendo sequência de três quedas.

A retomada do crescimento da economia em 2017, cada vez mais distante, dependerá do aumento deste tipo de investimento que tem um efeito multiplicado sobre diversos outros setores produtivos da economia.

Os números negativos relacionados aos investimentos apenas corroboram aquilo que diversos economistas já alertavam desde o governo Dilma Rousseff: as políticas de austeridade não têm o poder de retirar o país da recessão, ao contrário, têm apenas aprofundado o quadro geral da economia, mergulhando o país em um ciclo vicioso. Cortam-se gastos para melhorar as contas públicas, mas isso provoca queda no crescimento, acarretando queda na arrecadação, que por sua vez produz piora no resultado fiscal.

O pretexto de que o corte do investimento público e do gasto social teria efeitos positivos sobre o gasto das empresas, a cada dia, vai se reafirmando mais e mais como apenas isso – um pretexto.

Portal Vermelho