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Segundo turno: municípios com biometria têm índice menor de abstenções

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biometria

A Justiça Eleitoral contabilizou que mais de 144 milhões de cidadãos aptos a votar nas Eleições Municipais deste ano, aproximadamente 118 milhões foram efetivamente às urnas no primeiro turno, um comparecimento de 82,42%. Já no segundo turno, dos 32 milhões de eleitores, cerca de 25 milhões participaram do pleito, o que contabilizou um índice de 78,45%. Já o total de abstenções (eleitores que não votaram nos dois turnos) foi de mais de 32 milhões de pessoas: 17,58% no primeiro turno e 21,55% no segundo.

De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no entanto, o índice de abstenção nos municípios com biometria foi considerado baixo: 11,85% no primeiro turno e 16,71% no segundo. Já nos locais em que os eleitores ainda não são reconhecidos pela biometria ou contam com biometria híbrida, o índice de abstenção foi de 19,70% no primeiro turno e de 21,71% no segundo.

Na avaliação do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, não se deve supervalorizar o número de ausentes, já que “impropriedades” podem ser encontradas na contagem dos eleitores. “Onde tem biometria temos índice menor de abstenção”, afirmou. Além disso, para o presidente do TSE, é equivocada a avaliação de que o elevado índice de abstenções se deve ao fato de o voto ser obrigatório. “Não há dificuldade para se fazer justificativa. A multa que se aplica é quase simbólica: está em R$ 3”, disse.

Esta semana, ao ministrar palestra no Brazil Institute of the Woodrow Wilson Center, em Washington D. C., nos Estados Unidos, Gilmar Mendes afirmou que a Justiça Eleitoral está engajada na conclusão do processo de identificação biométrica dos eleitores pelas digitais. “Temos já mais de um terço da população eleitoral cadastrada [46 milhões de eleitores]. E devemos chegar, espero até 2018, ao fim desse trabalho, dando, portanto, maior clareza, maior higidez e maior transparência a todo esse processo”, destacou o magistrado.

Abstenções por estado

Ainda no primeiro turno, dos 39 milhões de eleitores aptos a serem identificados pelas digitais na hora de votar em 1.541 municípios do país, aproximadamente 31 milhões compareceram às urnas. Já no segundo turno, foram mais de 10 milhões de eleitores com biometria, mas o que foram efetivamente votar somaram pouco mais de 8 milhões. Cabe ressaltar que, hoje, há ao todo no país mais de 46,3 milhões de eleitores já cadastrados biometricamente, mas em diversos municípios a eleição ocorreu com a identificação tradicional.

De acordo com os dados do TSE, a cidade que mais contabilizou abstenções, nos dois turnos,  foi o Rio de Janeiro: 24,28% no primeiro turno e 26,85% no segundo.  O número elevado de ausência às urnas se dá porque esse foi um dos estados que não contou com a identificação biométrica. Em segundo lugar, a cidade que contou com o maior  número de eleitores faltantes foi São Paulo, quase 2 milhões de eleitores apenas  no primeiro turno, um índice 21,84%.  Já  Maceió e Florianópolis foram as cidades tiveram o menor índice de abstenções. A capital alagoana contabilizou 17,08% de abstenções no primeiro turno e 19,96% no segundo. Florianópolis, por sua vez, teve 12,25% de abstenções no primeiro turno e 16,18% no segundo.

Como funciona

A biometria é uma tecnologia que confere ainda mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação, tornando praticamente inviável a tentativa de fraudar a identificação do votante. O leitor biométrico confirma a identidade de cada cidadão por meio de impressões digitais únicas, armazenadas em um banco de dados da Justiça Eleitoral.

A tecnologia está sendo implantada gradativamente desde as Eleições Municipais de 2008 e já foi concluída nos estados de Alagoas, Amapá e Sergipe e no Distrito Federal.

IC/LC

TSE
Assessoria de Comunicação