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Polícia prende estudantes em Anápolis por protesto contra as OS e a PEC 241

Polícia prende estudantes em Anápolis por protesto contra as OS e a PEC 241

Cinco estudantes foram presos na manhã desta quinta-feira (27/10) pela PM em Anápolis por protestarem contra a implantação de OSs (Organizações Sociais) na rede estadual de ensino e a PEC 241.

O secundarista Eduardo (Ed.) Júnior, estudante do Colégio Estadual Professor Faustino e os universitários Douglas Carvalho e Salomão (IF Goiano) e Rickley Alves e Matheus Reis (UFG) foram detidos enquanto estavam na Subsecretaria de Educação, onde fariam um manifesto contra as OS.

Segundo Douglas Carvalho, a intenção dos estudantes era fazer uma aula magna para a subsecretária de ensino, falando sobre os riscos para a Educação das OSs e da PEC 241, que congela por 20 anos investimentos na educação. “Sem qualquer aviso, sem nenhum motivo legal, simplesmente policiais militares chegaram e nos prenderam, levando o grupo, arbitrariamente para a delegacia geral de Anápolis”, conta.

Juliane Ribeiro, estudante de Políticas Públicas da UEG (Universidade Estadual de Anápolis), o grupo estava no pátio da Subsecretaria, e numa ação rápida, o portão de entrada foi fechado e a PM foi chamada.  “Fomos surpreendidos com a ação da PM, que ao chegar perguntou o que fazíamos alí, e dissemos que seria feita uma manifestação. Sem mais nem menos os policiais acusaram os estudantes de ameaça de invasão e já foram algemando e levando para o 1º Distrito Policial. Para o estudante Tiago Rodrigues, do Gebrin, “a polícia deve aprender democraticamente com os estudantes, que apenas estão nas ruas e nas escolas defendendo os seus direitos”.

Após protesto dos professores e  da direção do Sintego,  os estudantes foram soltos às 17h30. O presidente da Regional de Anápolis, professor José Natal, considerou arbitrárias e indevidas as prisões dos jovens. “Sequer houve o protesto. Prisão para averiguação era coisa da época da ditadura”, critica.

Manifestação

Durante toda tarde houve manifestação nas ruas do centro comercial de Anápolis, nas imediações da Praça Bom Jesus.  Professores, estudante e dirigentes do Sintego, distribuíram panfletos aos transeuntes e comerciantes locais, esclarecendo a população sobre os desmandos do governo do Estado e sobre os ricos das OSs e da PEC 241 para o futuro da educação pública.

Sueli Correia, Secretária para o Pessoal Administrativo, diz que as prisões demonstram que o governo de Goiás prefere a repressão ao diálogo. “Este é um governo que não cumpre a lei. Prende ilegalmente estudantes que protestam contra as OS e contra a PEC 241. Este mesmo governo descumpre a Lei do Piso, que é federal, não paga o Piso dos professores, não paga a Data Base dos administrativos, e ainda quer repassar os recursos da educação para as OS, ous seja, é um governo que age de maneira ditatorial”, protesta.

O Sintego está questionando através de ação junto ao Ministério Público de Goiás a empresa que venceu o edital da Seduce para privatizar as escolas estaduais de Anápolis: A OS “Grupo Tático de Resgate”, cujo presidente é filiado ao PSDB, partido do governador Marconi Perillo.

Publicado originalmente no site do SINTEGO