DERROTADO EM CASA, AÉCIO ESTÁ FORA DA BRIGA DE 2018
O PSDB venceu, mas seu presidente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi um dos grandes derrotados da disputa municipal de 2016.
Com a vitória de Alexandre Kalil, do PHS, em Belo Horizonte, seu projeto presidencial fica praticamente sepultado. Até porque Aécio perdeu em casa pela segunda vez – em 2014, a derrota se deu para Fernando Pimentel, do PT.
Os resultados de hoje praticamente confirmam Geraldo Alckmin, que fez um strike em São Paulo, como o candidato natural do PSDB na disputa presidencial.
Aécio ainda tentou reivindicar o mérito pelas vitórias gerais do PSDB em várias cidades de grande porte, mas o fato é que, sem o governo estadual e a capital mineira, ele não terá uma máquina capaz de pavimentar uma candidatura presidencial.
Alckmin, por sua vez, tem não apenas o governo de São Paulo como a prefeitura da capital paulista, onde elegeu seu pupilo João Doria Júnior. Além disso, ele também venceu nas principais cidades de seu estado.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters:
SÃO PAULO (Reuters) – Alexandre Kalil (PHS) foi eleito neste domingo prefeito de Belo Horizonte, vencendo o deputado estadual João Leite (PSDB) no segundo turno, em um resultado que é um novo revés para as pretensões do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, de ser novamente candidato à Presidência da República em 2018.
Com 95,2 por cento das seções eleitorais apuradas na capital mineira, Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro, tinha 53,4 por cento dos votos válidos, enquanto Leite, ex-goleiro do Atlético, somava 46,6 por cento dos votos válidos.
O resultado é um duro golpe para as pretensões de Aécio ser novamente candidato ao Palácio do Planalto daqui a dois anos. A derrota de Leite, candidato que teve seu apoio, é uma nova derrota do senador em seu reduto eleitoral.
Como postulante à Presidência em 2014, ele foi derrotado pela petista Dilma Rousseff em Minas Gerais e seu candidato ao governo do Estado, Pimenta da Veiga, perdeu já no primeiro turno para o também petista Fernando Pimentel.
(Por Eduardo Simões)
Brasil 247