Viva Rafaela!
O Brasil ganhou dias atrás a primeira medalha de ouro nas olimpíadas do Rio de Janeiro, a grande responsável por esse feito foi Rafaela Silva, judoca de 24 anos, um metro e 68 centímetros de altura, 57 quilos, pobre, negra e discriminada.
Além de ser negra, pobre, favelada, moradora da comunidade chamada Cidade de Deus, no próprio estado do Rio de Janeiro, é uma daquelas brasileiras que tinha tudo para dar errado, mas deu certo e mostra que quando temos sonhos e buscamos realizá-los, tudo é possível, até o impossível pode se tornar realidade.
Em 2012 a judoca Rafaela foi desclassificada das olimpíadas de Londres na Inglaterra, por ter praticado, de acordo com o juiz da luta, um golpe baixo, virou por isso alvo de racistas e preconceituosos de várias naturezas, aquela parte da população, que diga se de passagem não é pequena, gente que não gosta de pobre, de negro, de homossexuais, e na surdina destina seus ódios, ela foi chamada de macaca e que lugar de macaco não é em olimpíadas e sim na jaula.
Pois bem, nada disso foi suficiente para barrar nossa judoca, ela uma atleta de alto rendimento, entrou para as forças armadas através de um programa social de valorização de atletas de baixa renda do governo da presidente Dilma Rousseff, apoiado e patrocinado pelo governo federal, uma parceria do ministério da defesa e dos esportes, ele é sargento da Marinha do Brasil.
Ela não venceu apenas suas adversárias internacionais, ela superou o racismo, vários preconceitos, quase um país inteiro de gente que insiste em não valorizar o ser humano pelo que ele tem de melhor que é o caráter, a honestidade e o respeito ao próximo.
A Rafaela nossas continências e aos racistas e preconceituosos de todas as formas que sejam eliminados das olimpíadas da vida.