Verdadeiros bandidos julgando uma presidente!
No dia de hoje, o Senado Federal votará o relatório que deverá concretizar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, os 81 senadores, terão cada um 10 minutos para argumentarem o que acharem necessário e mostrarem porque são favoráveis ou contrários ao afastamento definitivo da presidente.
Dilma Rousseff foi afastada no dia 12 de maio , e até então, nesses quase três meses, tem tentado convencer os senadores e deputados que não cometeu crime nenhum, que é honesta e não sabia da corrupção que tanta corroeu seu governo, em especial na Petrobrás.
Mas nenhum argumento parece interessar aos nobres senadores, a maioria deles está convicta que ela não deverá voltar e deverão em sua quase totalidade carimbarem definitivamente a carteira de trabalho dela, como ex-presidente Dilma Rousseff, espera-se que mais de sessenta sejam favoráveis ao afastamento final.
Não tenhamos dúvidas que a cassação definitiva do mandato não foi e nem será movida pelos supostos crimes cometidos por ela, dois problemas foram determinantes para que uma presidente legitimamente eleita por mais de 53 milhões de brasileiros fosse assim retirada do poder.
O primeiro e o principal ela ter perdido o apoio do Congresso Nacional, nossos deputados e senadores, sempre muito ávidos por cargos em estatais, e por inúmeros benefícios que se obtém ao pressionar presidentes, o distanciamento de Dilma dos congressistas foi o principal motivo da cólera, principalmente o fato dela não ter cedido ao chantagista e mega corrupto Eduardo Cunha.
O segundo problema foi a crise na economia, essa de fato, levou o país e os brasileiros a uma situação perdulária, com mais de 10 milhões de desempregados, com uma inflação beirando os 10% ao mês ,e uma recessão galopante, dificilmente alguém resistiria, ela não resistirá.
Assim, é esperar os votos e torcer para que os senadores da república não repitam aquele fiasco que foi quando os deputados ao votarem pelo afastamento dedicavam o voto, a família, ao pastor, a parentes políticos “honestos” e até a torturadores confessos, algo surreal e digno de alguns verdadeiros canalhas.
E. Mamede Leão – professor de História da Universidade Estadual de Goias (UEG) / Câmpus de Pires do Rio