Empresários do comércio varejista se recusam a dar reajuste de salário decente para trabalhadores
Nesta semana, o Sindicato dos Comerciários de Catalão (SindCom) enfrentou mais uma rodada de negociação com os representantes dos patrões do comércio varejista. A proposta dos empresários é bem inferior aos anseios dos trabalhadores. A pauta apresentada pelos comerciários reivindica reajuste salarial e outros itens.
Desde fevereiro, quando a pauta foi protocolada, o SindCom tem se reunido com o Sindicato do Comércio Varejista de Catalão (Sindilojas) para elaborar uma proposta que atenda as necessidades dos trabalhadores. Porém, o reajuste salarial ofertado, de 8,5%, não repõe nem a inflação do período da data-base (1° de abril), que alcançou 9,91% no acumulado de 12 meses. “Reajuste abaixo da inflação não é reajuste. Os trabalhadores tiveram perdas no último ano, o mais justo é repor a inflação e ainda garantir aumento real”, explica o vice-presidente do SindCom Everton Alves.
Para ele, nada concreto foi apresentado pelo Sindilojas. “Já é a terceira reunião e o discurso é o mesmo, só ‘chorança’. Agora um pouco pior, pois usam da crise para impedir avanços para os trabalhadores”, ressalta o representante dos trabalhadores nas mesas de negociação. Segundo Everton, a pauta tem mais de 10 itens e o sindicato patronal se propôs a discutir somente o reajuste salarial e, mesmo assim, ofereceu um percentual que não cobre nem a inflação. “No primeiro momento eles ofereceram 6%. Com a pressão na mesa, eles aumentaram, mas ainda não é o que os comerciários precisam”, conclui.
De acordo com o vice presidente do SindCom, ações serão desenvolvidas junto aos trabalhadores que atuam no comércio varejista para mobilizar a categoria e pressionar o empresariado. “O trabalhador precisa ter consciência que sem luta não há conquista. O SindCom tem sido firme nas mesas de negociação, mas o apoio e união dos trabalhadores são fundamentais para fortalecer”, afirma.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SindCom