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Dengue: Sudeste de Goiás tem quatro municípios no ranking estadual

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A luta em combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus, da chikungunya e outras, é constante e muitos municípios realizam mutirões para aumentar as ações que visam impedir que o mosquito se prolifere e cause danos à sociedade.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES) o Sudeste de Goiás não está nada bem no último boletim levantado, constando nas estatísticas quatro cidades da região com mais casos da doença, sendo Nova Aurora em quinto lugar no ranking geral, Cumari na sétima posição, seguida por Três Ranchos e Ouvidor, respectivamente, nono e décimo colocados.

Quem por várias semanas e até meses esteve entre os 10 e não se figura mais no topo é Goiandira. Conforme o balanço da doença em relação às primeiras semanas de março, Goiandira, com 5.520 moradores, tinha 111 casos da doença, 2.011 incidências e foi classificada pela SES como de alto risco, no segundo lugar entre os 246 municípios goianos. Antes, há dois meses, a cidadezinha tinha 63 casos e 1.141 incidências.

Parece que as preces do prefeito Erick Marcus (PTB) surtiram efeito. Não tendo sido o suficiente o auxílio do Exército Brasileiro nos trabalhos de combate à dengue em Goiandira, o que ocorreu no fim ano anterior,  Erick chegou a abdicar-se dos alimentos por um pequeno período em clemência a Deus para livrar a população do município dos riscos da doença, mal que comparou às pragas citadas na Bíblia e que castigaram o Antigo Egito. O prefeito até decretou que em 22 de fevereiro será dia de jejum na cidade em apelo ao Altíssimo, e o assunto foi notícia em todo o país.

Diagnóstico errado pode ter contribuído nas estatísticas

O crescimento dos indicadores de dengue neste ano pode ter como causa não apenas o maior vigor na transmissão da doença, mas um erro de diagnóstico. Diante da tríplice epidemia enfrentada pelo país, com vários estados apresentando simultaneamente infecções por dengue, zika e chikungunya, não está descartada a hipótese de que as duas últimas, que chegaram mais recentemente ao país, estejam sendo relatadas como casos de dengue. Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que, em 21 dias, o número de casos de dengue duplicou. Até o dia 27 de fevereiro, haviam sido identificados 396.582 pacientes com suspeita da infecção. No dia 6 [março], eram 170.103 registros (Trecho: Correio Brasiliense).

Cálculo

Para calcular a incidência, divide-se a quantidade de notificações (ou seja, o número de novos casos da doença) pela população do município e multiplica-se por 100 mil. O Ministério da Saúde considera três tipos de risco em relação ao mosquito: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alto (mais de 300 casos/100 mil habitantes).

 

Por: Gustavo Vieira