Ouvidor busca o uso sustentável da água e a preservação do meio ambiente
A crise hídrica no Brasil é atualmente uma questão muito preocupante e que merece atenção e discussão, principalmente porque sem água é impossível viver. Para driblar a escassez, programas de restauração do potencial hídrico são desenvolvidos em várias cidades brasileiras.
Em toda a região Ouvidor é exemplo disso e através de ajuda financeira da mineradora Anglo American, cerca de 30 produtores rurais que possuem propriedades nas proximidades do Córrego da Lagoa, principal afluente do município, serão beneficiados com a criação de cacimbas ou pequenas represas para o desenvolvimento de práticas e manejos conservacionistas, a fim de melhorar a disponibilização e distribuição da água em tempos de escassez.
Para melhor tratar do assunto, uma reunião foi realizada no primeiro dia de abril e contou, além do governo de Ouvidor e representantes da Anglo American, com a participação do Ministério Público, Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), Saneago (Saneamento de Goiás), produtores rurais e outros.
O prefeito Onofre Galdino disse que o objetivo do projeto é obter a melhoria da quantidade e qualidade da água que é fornecida à cidade, não permitindo ainda que ela simplesmente siga o seu curso normal. “Através das mini-bacias vamos possibilitar que tenhamos água por mais tempo durante a seca, isso vai propiciar ainda a produção no campo, o abastecimento do lençol freático e evitar que o leito e as encostas do ribeirão sejam danificados pelas fortes enxurradas. Além do mais, vamos com isso garantir alimento na mesa da população mais tarde”, explica. Onofre garante que os trabalhos devem começar muito em breve.
Responsável pela Emater, Álvaro Alves Júnior contou que a construção dos reservatórios é a melhor alternativa para o manejo consciente dos recursos hídricos e a conservação do meio ambiente. “O homem do campo não vai ter gasto nenhum com isso, ele, se quiser, deve somente permitir que entremos em sua propriedade para construirmos as represas. Esse é um trabalho que deve beneficiar a todos por um longo período”, conta.
Ronan Pires Jacob, produtor rural, falou que a criação das bacias hídricas veio em momento oportuno. “A parte do ribeirão que passa na minha propriedade já está bem assoreada, e fazendo as represas as chuvas não terão força para sair empurrando tudo e danificando o curso do rio. Outra coisa boa é que teremos água em tempos de estiagem, o que deve diminuir os prejuízos os quais estamos acostumados. Outra coisa boa também é que a cidade terá água e com abundância sempre.”
A Anglo American disponibilizou R$ 250 mil reais para a viabilização das ações, que devem ser concluídas em até um ano. Ninguém da empresa estava habilitado a falar com a imprensa.
Por: Gustavo Vieira