Inflação para famílias mais pobres cai em fevereiro
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação dos produtos e serviços mais consumidos por famílias de baixa renda desacelerou em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação dos preços dessa cesta para quem ganha até 2,5 salários mínimos mensais, ficou em 0,73% no segundo mês de 2016, bem abaixo do 1,91% verificado no mês anterior.
Desta forma, a inflação ficou 1,18 ponto percentual abaixo da pesquisada em janeiro. Segundo o indicador, esses preços acumulam alta de 2,65%, no ano e 11,30% nos últimos 12 meses. O índice teve um recuo em relação ao acumulado de 12 meses no mês de janeiro, quando havia registrado alta de 11,42%. E também ficou abaixo do índice nacional, o IPC-BR, que acumulou alta de 10,37% nos últimos 12 meses.
Contribuíram para o decréscimo hortaliças e legumes (19,99% para -0,01%), tarifa de ônibus urbano (6,11% para 1,82%), tarifa de eletricidade residencial (2,53% para -2,33%), cursos formais (11,40% para 0,00%) e roupas (0,42% para 0,21%).
Em contrapartida, aumentaram artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,11% para 0,93%), tarifa de telefone residencial (0,16% para 0,35%) e cartão de telefone (0,04% para 0,83%).
Cinco das oito classes de despesa apresentaram decréscimo nas taxas de variação: alimentação (2,63% para 1,01%), transportes (4,02% para 1,55%), habitação (1,04% para 0,08%), educação, leitura e recreação (3,73% para 0,38%) e vestuário (0,39% para 0,31%). E tiveram acréscimo saúde e cuidados pessoais (0,38% para 0,58%), comunicação (0,34% para 0,66%) e despesas diversas (1,8% para 1,84%).
O IPC-C1 apura a inflação em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e Brasília.
Portal Vermelho