“Quero que me processem e que me levem ao Ministério Público”, diz vereador Gilmar
O vereador Gilmar Antônio Neto, do PMDB, está revoltado com o que foi dito contra ele durante a 4ª sessão ordinária do ano da Câmara Municipal de Catalão, encontro legislativo esse ocorrido no dia 24 de fevereiro.
O caso é que o dirigente da Superintendência de Água e Esgoto (SAE), César José Ferreira, convidado a participar da referida reunião para prestar esclarecimentos sobre supostas irregularidades em investimentos da autarquia, o que não foi comprovado pela polícia, falou também sobre possíveis rombos nos cofres do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores de Catalão (IPASC) quando Velomar Gonçalves Rios (PMDB) era prefeito da cidade e Gilmar presidente do Conselho Municipal de Previdência (CMP) da repartição. O assunto já foi tratado diversas vezes pelo Blog.
Durante a sessão César disse que tem provas de que Gilmar teria assinado documento autorizando a retirada de R$ 11,3 milhões de reais do instituto de previdência para investir em contas tituladas pelo atual governo como “fundos podres”, possivelmente carteiras de investimento de baixa ou duvidosa rentabilidade. “Na verdade ele me acusou mesmo foi de roubo, disse que eu roubei esse dinheiro e quero que ele prove isso. O superintendente contou que existe um documento que consta minha assinatura autorizando tal ato, então quero que ele prove isso porque solicitei a ele as provas que tanto diz ter e não me foi repassado nada”, afirma.
Em entrevista para a imprensa, logo após sua participação na Câmara, César reforçou o que diz a respeito do vereador: “Tenho o documento que prova que ele participou da reunião do conselho que autorizou a retirada do dinheiro dos cofres públicos, material esse que tem a assinatura dele. Isso é dinheiro dos funcionários públicos do município que eles ‘socaram’ no ‘rabo’ de uma loirona”. O superintendente disse que iria levar a situação ao Ministério Público.
Gilmar, por sua vez, contou esperar que César realmente faça isso e que não vê a atitude de seu desafeto se não apenas ato político, algo para desconstruir sua imagem em ano de eleições. “Eu sim vou acioná-lo na Justiça para que ele prove o que está falando, como digo sempre o ônus da prova cabe ao acusador e, portanto, quero que ele vá ao MP também. Estou processando-o por ter me acusado de ter roubado os tais R$ 11,3 milhões do IPASC”.
O vereador disse ainda não saber ao certo o que alegam ser “fundos podres”, que na condição de presidente do conselho não tinha poderes para autorizar aplicações como a referida e que uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi instalada ainda em 2013 na Câmara Municipal para investigar as tais aplicações com o dinheiro do IPASC, “mas nada foi comprovado. Eles inventam factoides para tirar o foco da péssima gestão deles, para enganar o povo”, conclui Gilmar.
Por: Gustavo Vieira