Foi quente, ou melhor, foi fervente a segunda sessão do ano da Câmara
Os vereadores Deusmar Barbosa (PMDB) e Aurélio Macedo (PP) discutiram na tarde desta terça-feira (16) na Câmara de Catalão. O bate-boca acalorado entre os dois só terminou com o encerramento da sessão, a segunda do ano, e graças à “turma do deixa-disso” que apaziguou a situação.
O presidente interino Silvano Mecânico (PR) disse que a discussão começou depois que Deusmar fez um “pronunciamento duro” em relação aos vereadores da situação e ao prefeito Jardel Sebba (PSDB). “Ele (Deusmar) saiu do âmbito da discussão e pegou uma posição pessoal que foi atacar, aí na oportunidade de um vereador da bancada governista responder o que ele falou, que no caso foi o vereador Aurélio, ele não aceitou e causou essa desordem toda”, explica o vereador.
Como atesta o vídeo, enquanto Aurélio usava a tribuna da Câmara para se manifestar, Deusmar, mostrando extrema irritação, gritava e gesticulava com o colega. É possível perceber também na gravação que o público ficou igualmente alvoraçado com o acontecimento.
Um trecho da conversa dos dois, o que não é parte do vídeo, pode muito bem narrar o atrito: “Se não fosse nós sete (oposição), já tinha vendido a SAE, tinha roubado tudo, tinha ‘nego’ que ia comprar muito mais fazenda por aí… Parabéns a nós sete por estarmos aguentando essa cambada de malando… O Hitler (Jardel) com sua Eva Braun (Ana Sebba – primeira-dama) e secretários só fazendo maldade…”, disse Deusmar. “Tem 3 anos, 1 mês e 16 dias que nós arrancamos a quadrilha do PMDB instalada durante 12 anos na prefeitura… Aí vem o palatino da moralidade, o palatino da honestidade, meu amigo Deusmar Barbosa, falar que os dez vereadores (situação) não fazem nada e que é só os sete que trabalham. Preste atenção vereador, quem é você para falar de moralidade, quem é você para falar de honestidade? Você foi prefeito apenas um dia e acabou com a cidade… Vocês não aceitam ter perdido a prefeitura, a cadeira de presidente da Câmara; vai trabalhar rapaz”, responde Aurélio.
Pouco antes do fim do encontro legislativo, motivado pela desordem protagonizada pelos dois e com muita ajuda dos visitantes, Silvano acionou a Polícia Militar para evitar o pior. “Isso aqui é caso de polícia, não vai dar para realizar sessões neste ano desse jeito, um ano político. Não tem condições”, conclui Silvano. A PM chegou minutos depois.
Silvano, que é vice-presidente da Casa, presidiu a referida sessão devido à ausência do presidente Juarez Rodovalho (DEM), de licença por motivos de saúde. O democrata está com dengue.
Por: Gustavo Vieira