Quanto mais chuva, menos queimada
A chuva, bem-vinda e que tem sido abundante neste início de ano, além de contribuir significativamente para a produção de alimentos no campo e na melhora da qualidade do ar, ajuda também no combate às queimadas, entre outros. Com a vegetação e o solo úmido fica mais difícil o início e o alastramento dos incêndios, causa de grande preocupação dos bombeiros e ambientalistas nessa época do ano.
De acordo com o comando do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiro Militar de Catalão, por ano, acontecem cerca de 200 registros de queimadas, sendo mais frequentes em áreas rurais que praticam técnicas rudimentares de preparo da terra. Quando existe uma área na qual se pretende cultivar, para se eximir de investimentos financeiros, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o solo, ato que é danoso ao ecossistema e visto ainda como crime ambiental.
A prática é a segunda que mais polui o ar e o ambiente, ficando atrás somente da emissão de gases provenientes de veículos automotores movidos a combustíveis fósseis. Isso acontece porque as queimadas produzem dióxido de carbono, que atinge a atmosfera agravando o efeito estufa e automaticamente o aquecimento global. O homem é o maior culpado pelas ocorrências de incêndios de diversas proporções.
Quando o período chuvoso terminar, o que deve acontecer nos próximos meses em Goiás, a população deve se ater a importantes cuidados para não agravar ainda mais as complicações do tempo seco. As dicas são:
1 – Denunciar quando souber de empresas ou pessoas que não respeitam a lei que proíbe o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais;
2 – Fazer queimadas somente com autorização de um órgão competente e fiscalizador e de forma controlada, com a construção de aceiros – barreira que impedem a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito em forma de vala ou limpeza do terreno de modo a obstruir a passagem do fogo;
3 – Não jogar pontas de cigarro acesas próximas a qualquer tipo de vegetação;
4 – Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata, causando incêndios.
Em anos normais o período chuvoso chega ao estado a partir da segunda metade de setembro (as anteriores são consideradas chuvas fora de estação ou esporádicas – de menor previsibilidade em longo prazo), e seu encerramento acontece depois do segundo ou terceiro mês de cada ano.
Por: Gustavo Vieira