Five Star perfura solo em busca de diamantes
Quase cento e noventa milhões de reais. Esse é o montante que a Five Star, empresa especializada na extração de diamantes, calcula empregar para operar uma mina desativada em Ouvidor. A notícia, que foi amplamente divulgada em junho do ano anterior, cita erroneamente Catalão como outra cidade a ser beneficiada pelo investimento.
Em fase de início de escavação, a empresa que já assinou um protocolo de intenções com o governo do Estado, prevê a produção anual de 400 mil quilates/ano e o envio de cerca de 60% da matéria bruta para o mercado internacional.
Mas isso, como dito, é apenas uma previsão. O engenheiro da Prefeitura de Ouvidor, Leonardo Martins, visitou no fim de novembro de 2015 o local onde estão sendo aplicados os trabalhos iniciais escavação que, segundo ele, ainda são estudos da viabilidade econômica da mina. “Só três meses a partir daquele período, ou seja, de novembro em diante, é que a empresa iria ter a certeza de que a jazida tem futuro ou não, se é viável sua exploração ou não”, contou.
Alegando não receber muita informação da mineradora, “creio eu porque operam um produto de alto valor, que é o diamante”, observou Leonardo, o engenheiro disse que as projeções não parecem assim tão positivas quanto ao que foi anunciado em 2015. “Para começar a empresa está no território de Ouvidor e não no município de Catalão, então essa foi a primeira grande mentira do governo do Estado. Outra coisa que vejo é que eles (Five Star) não parecem tão animados assim, o clima é de incertezas. Como nada nos é repassado, o melhor nesse caso é esperar para ver.”
Inglesa, mas com sede administrativa no Rio de Janeiro-RJ, a Five Star, em não firmando suas estruturas na região, vai deixar de gerar 60 empregos diretos e centenas de indiretos – previsão que foi anunciada há seis meses para o mercado de trabalho. Do ponto de vista econômico, milhões em dinheiro também seriam deixados de ganhar em impostos, royalties e outros investimentos.
Contatada pela reportagem, a empresa se furta a repassar qualquer informação relacionada às suas atividades.
Por: Gustavo Vieira /Foto: reprodução