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Dilma: Vou lutar com toda força contra a interrupção do meu mandato

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Em um discurso firme e determinado, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com o Brasil e disse que a única justificativa para o pedido de impeachment, feito na semana passada contra seu mandato, é a vontade de alguns de ter um atalho para chegar à Presidência da República, e não pelo voto popular.

Agência Brasil

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“Não há nenhum justificativa para que impeachment ocorra”, salientou Dilma

“Não há nenhum justificativa para que isso ocorra”, afirmou ela, na cerimônia de abertura da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social nesta segunda-feira (7), em Brasília.

“Quero dizer que nós vivemos um tempo muito estranho. É um tempo em que tem muitos que lutam como vocês diuturnamente para que esse país seja cada vez um pais mais desenvolvido. […] E há um pequeno grupo que acha que o ‘quanto pior, melhor’ é o melhor caminho. O quanto pior pra nós, quanto melhor pra eles. Mas nós temos força suficiente para lutar contra isso”, disse.

“Os golpes não constroem harmonia, a unidade, nem constroem a pacificação necessária para os países e os povos nações avançarem. Pelo contrário, geralmente o que os golpes constroem é o caos e deixam feridas e marcas profundas”, completou.

A presidenta garantiu que lutará com todas as suas forças por um Brasil que respeite as instituições e construa a estabilidade para voltar a crescer o mais rapidamente possível. “Vou lutar com todas as minhas forças para que a gente tenha um Brasil que respeite as instituições, que constrói a estabilidade. Vou lutar contra o processo de interrupção do meu mandato”, ressaltou.

Sobre as justificativas apresentadas para o pedido de impeachment, Dilma rebateu: “Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Paguei, sim! Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro. Não foi empréstimo que pagou o Minha Casa Minha Vida, foi o dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país”, disse ela a mais de mil trabalhadores e usuários da assistência social, representantes de governo dos município, dos estados e da União e participantes de delegações de todo o país.

O objetivo da conferência é avaliar a prestação dos serviços no Brasil e propor avanços para o Sistema Único da Assistência Social (Suas). Dilma lembrou que, no início de 2011, assinou a lei que instituiu o sistema como uma política de Estado. E, hoje, ele está em quase 100 % dos municípios.

A presidenta agradeceu a colaboração de todas as delegações e lembrou que, apesar dos grandes avanços, é preciso aprimorar os serviços de assistência pública. No entanto, hoje o País construiu uma tecnologia de inclusão social capaz de atender milhões de brasileiros que estavam à margem das riquezas nacionais.

Atualmente, graças a essa política, existem oito mil Centros de Referência de Assistência Social (Cras), pouco mais de 2 mil Centros Especializados e 16 mil entidades de assistência social. “Isso vocês podem ter certeza, não é só uma conquista, mas também a garantia de que não vamos voltar atrás. Que não vamos retroceder. Até porque, não só nós aqui, no governo, vamos lutar, mas porque vocês não vão deixar”, enfatizou.

A presidenta acrescentou ainda que, graças a essas tecnologias de inclusão social, o Brasil chegou a 30 milhões de pessoas atendidas nesse sistema Suas. “Hoje, são 14 milhões de famílias no Bolsa Família. Vocês se lembram que falavam que o Bolsa Família era o ‘Bolsa Esmola’? Que tinha só equívocos, porque incentivava as pessoas a não trabalhar. A realidade é completamente outra. O Bolsa Família talvez seja o exemplo melhor de igualdade de oportunidades”.

Blog do Planalto