Marconi Perillo pretende cortar o ponto dos policiais e escrivães em greve
A greve dos escrivães e agentes da Polícia Civil que segue para seu segundo mês fará com que o governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), corte o ponto daqueles que não trabalharem. As categorias estão em greve desde 17 de setembro.
À imprensa Marconi garantiu que “aquilo que é possível já foi sinalizado [com relação a acordos], o que não é possível não será feito. Já houve cortes dos salários de quem não trabalhou no mês passado e haverá de novo se a greve perdurar, pois o que está em jogo é o interesse da população”, disse.
Segundo o presidente do Sinpol, Silveira Alves, a categoria quer equiparar os salários aos dos delegados e receber bônus, assim como os delegados já conseguiram, e que acordos não cumpridos pelo governo sejam revistos. Silveira classificou a declaração do governador como “lamentável”.
A categoria pede piso salarial de R$ 7.250 e o pagamento do bônus de resultados, pago somente para os delegados desde julho do ano passado. No entanto, ainda não houve acordo e os policiais aguardam uma decisão judicial.
Com a paralização, conforme levantamentos do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol) e da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci), todos os dias, deixam de ser registradas cerca de 1000 ocorrências no Estado. Na prática, isso significa que, desde o início da paralisação, que completa hoje 50 dias; 50 mil boletins de ocorrência de crimes diversos deixaram de ser formalizados. Ou seja, são 50 mil crimes que não foram solucionados.
Com o atendimento reduzido para 30% do efetivo, apenas os flagrantes de crimes hediondos como estupro, homicídio e latrocínio serão registrados. No entanto, os crimes só serão investigados depois que a paralisação acabar.
Por: Gustavo Vieira