Bases de placas de trânsito podem ser criadouros do mosquito da dengue
No início do ano uma fiscalização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia despertou a atenção para uma situação até então não pensada. Após a divulgação de vídeos, em redes sociais, que mostram que as hastes que sustentam as placas de trânsito, servem como criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, uma força-tarefa foi montada para impedir que esses materiais pudessem acumular água.
Nos testes que circulam pela internet, uma furadeira é usada para perfurar um poste que estava cheio de água. Para impedir que a situação continuasse favorecendo o mosquito, os agentes passaram a utilizar apenas uma tampa de plástico na parte superior para evitar o problema.
A reportagem não precisou andar muito para encontrar centenas de bases sem a tampa em Catalão, ou seja, são em potencial criadouros do inseto. Não bastando isso, solicitamos a ajuda de profissionais para fazer um pequeno furo em uma das bases e as suspeitas se confirmaram: os tubos metálicos onde as placas de trânsito estão fixadas podem sim conter água parada.
O fato foi levado ao Departamento de Controle de Vetores, órgão ligado a Secretaria Municipal da Saúde, e Jardel Francisco, coordenador de área da repartição, disse ter conhecimento do assunto. “Isso até já foi discutido aqui, mas devido a quantidade de demandas nas residências e outras ações isso não foi ainda monitorado. Podemos sim ver essa questão e com o auxílio da SMTC (Superintendência Municipal de Trânsito de Catalão) podemos fazer analises, furando mesmo essas bases para ver se existe ali água parada”.
O servidor contou também que, em todo caso, vai requer do departamento de trânsito que as hastes que forem instaladas nos mais diversos lugares tenham um furo ou a proteção no lado superior, o que deve dificultar a ação do Aedes aegypti. “As chances são poucos de o mosquito da dengue encontrar essa água parada ali, caso exista mesmo, mas isso merece atenção mesmo assim e vamos tomar providências”, concluiu.
Ainda de acordo com informações do DCV, a maioria dos focos do mosquito da dengue, cerca de 80%, está dentro das casas por conta de calhas, vasos de plantas e ralos.
Por: Gustavo Vieira