Manifestações pelo #ForaCunha tomam ruas e praças nesta sexta
Em Natal, a concentração da atividade pelo #ForaCunha acontece a partir das 15h, na parada do circular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Depois, os manifestantes seguem em passeata até a praça da Escola Estadual Desembargador Floriano Cavalcanti (FLOCA), onde haverá a realização de apresentações culturais.
Dentre as motivações para realização dos atos, a afronta aos direitos de mulheres, trabalhadores, crianças e adolescentes por pelo menos quatro Projetos de Lei e Propostas de Emendas Constitucionais levados à votação no Congresso pela mesma aliança conservadora que ajudou a eleger o deputado peemedebista, entre eles a proibição da indicação de pílula do dia seguinte a mulheres vítimas de estupro, a redução da maioridade penal, a terceirização indiscriminada e o Estatuto da Família.
Investigado por corrupção, sonegação fiscal e evasão de divisas para contas na Suíça, Cunha tem tido sua atuação parlamentar questionada nas ruas. Um dos “campeões” de votos no Rio de Janeiro, o peemedebista é tido como grande arrecadador de recursos empresariais para campanhas eleitorais – prática tida pelos manifestantes como origem da corrupção política brasileira. Faixas e cartazes associando o deputado à corrupção dominam os atos que pipocam pelo país afora.
Contra o deputado, pesa ainda a denúncia de que ele recebeu US$ 5 milhões do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Justamente o valor que o Ministério Público da Suíça denunciou à Justiça brasileira que estavam depositados em contas secretas no país, em nome do presidente da Câmara. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o esquema, Cunha negou que tivesse contas na Suíça. Em sua denúncia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede que ele devolva US$ 80 milhões.
As pautas reivindicadas também estarão centradas na defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores, das reformas estruturais e da Petrobras e contra o golpismo.
Brasil 247