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Pequi: o ouro do cerrado

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Várias partes da cidade já começam a ser ocupadas pelos vendedores de pequi, e suas grandes bacias de alumínio com os frutos do pequizeiro chamam a atenção de quem passa. A fruta pode ser encontrada em feiras livres e até em “verdurões” da cidade.

Para consegui-lo, os vendedores podem entrar no cerrado e usar do extrativismo, viajar para buscá-lo em regiões mais distantes ou ainda comprar de grandes distribuidores.

Encontrado de setembro a fevereiro em toda a região Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, e nos cerrados de São Paulo e Paraná, o pequi, além de alimento, ajuda financeiramente famílias de baixa renda. Comum do cerrado brasileiro e muito bem incrustado na cultura gastronômica goiana, a venda do produto acaba “salvando ” o orçamento de muita gente.

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Esse não é bem é caso de Ângela Rosa da Silva, de 20 anos. Segundo ela, sua família – marido, sogro e sogra –  se dedica exclusivamente a comercialização do fruto nos seis meses em que ele incide nas regiões onde é nativo. “Ele nos toma muito tempo, exige muito cuidado. Não pode pegar sol, tem que ser mantido ao abrigo da chuva e deve ser transportado com atenção. Acordamos muito cedo para prepará-lo para venda, e o distribuímos em feiras livres e em alguns locais que vendem verduras e frutas. Na época do pequi, só trabalhamos com o pequi”, contou.

A vendedora falou que os gastos com o transporte do alimento estão incluídos no preço ao consumidor, e que, muitas vezes, o objeto em questão só pode ser encontrado em lugares muito distantes de onde é vendido. “Tem que viajar mesmo porque o pequi da nossa região é muito inferior em qualidade, embora tenha também boa saída. Esse que tenho aqui, por exemplo, buscamos no Norte de Goiás, em Santa Terezinha. Como ele é bem carnudo, bonito e grande acaba saindo mais caro um pouco, e chega a custar R$ 8,00 a lata (unidade de medida)”.

Ângela contou ainda que no fim de dezembro o pequi do entorno de Catalão estará bom para o consumo, e que seu preço pode variar de R$ 5 a R$ 7 reais a lata.

Além de poder ser comido, o pequi serve também como matéria-prima para a fabricação de óleo, produtos de limpeza como sabão, cosméticos e até biocombustível.

Por: Gustavo Vieira