Simecat nega conluio com Mitsubishi em demissões
“Com aval do Simecat – o poderoso sindicato que congrega os metalúrgicos de Catalão –, a MMC Motors, que fabrica veículos com a marca da Mitsubishi na cidade, promove diariamente a chamada “loteria da morte” e passou a demitir um trabalhador a cada 24 horas – além dos 700 que já colocou na rua desde o início do ano, sendo 520 somente neste mês de outubro.”
Essa foi a informação divulgada no último dia 28 pelo site Goiás24Horas, em relação as demissões da montadora Mitsubishi em Catalão. O noticioso alegou ainda que todo o conteúdo da reportagem titulada ““Loteria da morte” na Mitsubishi de Catalão: com aval de sindicato, montadora demite um funcionário por dia e instala clima de pânico na cidade”, foi elaborado com informações do Correio Braziliense.
O impresso realmente publicou matéria sobre as demissões na MMC, o que ocorreu no dia 18 outubro, “só que o que não ficou certo aí foi a afirmação de que com o nosso ‘aval’ vem acontecendo uma demissão por dia na montadora. Isso não é verdade”, disse Thiago Cândido, secretário-geral do Simecat.
Thiago contou que, ao contrário do foi propagado pelo site e pelo jornal, o sindicato está preocupado em negociar com a empresa a permanência dos funcionários em seus postos de trabalho, e que vem lutando para reinserir no mercado muitos dos que foram desligados. “O que foi acertado na Justiça do Trabalho é que não haveria mais demissões em massa, que a MMC não pode mandar embora mais de 30 funcionários em um mês pelos próximos seis meses. O errado aí é pensar que ela vai demitir mais esse número de pessoas, quando não se sabe se isso vai se concretizar”, explicou.
Embora denote que um metalúrgico vem sendo dispensado pela Mitsubishi todos os dias, com base nas reportagens, o Simecat nega a aplicação dessa dinâmica. “Reforço que a empresa pode mandar esse número funcionários embora e até desse jeito, mas isso não está acontecendo assim. Deixo claro ainda que não estamos de forma alguma mancomunados com a montadora como pareceu querer dizer as matérias, o que fizemos foi manter em suas ocupações por mais algum tempo aqueles que poderiam ser demitidos de uma só vez”, concluiu Thiago.
Até os meses iniciais do ano seguinte, a MMC pode chegar a destituir mais de 800 trabalhadores – acrescentando aí os ex-empregados.
Por: Gustavo Vieira