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Confira a nova configuração ministerial do governo Dilma após reforma

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A reforma administrativa promovida pelo governo da presidenta Dilma Rousseff reduziu em oito os 39 ministérios, extinguiu e fundiu pastas e realocou titulares dos ministérios, dando uma nova configuração ao governo.

 

O PMDB, principal partido da base aliada, aumentou de seis para sete o número de pastas, entre as quais a Saúde, com o deputado Marcelo Castro (PI), e o da Ciência e Tecnologia, com Celso Pansera (RJ).

“O PMDB integra o governo com a vice-presidência e agora com ministérios de expressão política administrativa muito grande. A responsabilidade que o partido está assumindo é muito grande e terá que ter o trabalho correspondente”, afirmou o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha.

A reforma também criou o Ministério da Cidadania, com a fusão das secretarias das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. À frente da pasta estará a acadêmica Nilma Lino, que já chefiava a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. “Acho que a minha indicação é a expressão do compromisso da nossa presidenta, do compromisso do governo federal com os movimentos sociais, com uma parcela da população que apoia esse governo, que está junto conosco, que é beneficiado pelas nossas políticas, de mostrar que o Estado brasileiro incorpora sua diversidade também na forma como compõe o seu primeiro escalão”, afirmou.

Confira quem é quem com a reforma:

Ricardo Berzoini (PT) assume a Secretaria de Governo – A nova pasta foi criada a partir da fusão da Secretaria-Geral e da Secretaria de Relações Institucionais.

Bancário, iniciou sua militância no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 1985. Foi fundador e primeiro presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Eleito deputado federal pelo PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e 2010), no final de 2005, foi eleito presidente nacional do partido. Em 2007, foi reeleito presidente nacional do PT. No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro da Previdência Social (2003-2004), quando comandou a reforma da Previdência. Depois assumiu a pasta do Trabalho e Emprego (2004-2005).

Na gestão da presidenta Dilma Rousseff foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (2014). Berzoini tomou posse como ministro das Comunicações no início de 2015.

Miguel Rossetto (PT) – Ministério do Trabalho e Previdência Social, agora unificadas em um ministério.

Natural do Rio Grande do Sul, Rossetto é formado em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Foi vice-governador do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio Dutra, e deputado federal pelo PT em 1994. Em 2003, foi nomeado para o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário. Em 2006, Rossetto deixou o governo para tentar uma vaga no Senado, mas não foi eleito. Dois anos depois, assumiu a Presidência da Petrobras Biocombustível, subsidiária da Petrobras.

Em março de 2014, foi nomeado novamente ministro do Desenvolvimento Agrário e deixou o cargo em setembro do mesmo ano para trabalhar na coordenação da campanha para a reeleição de Dilma. No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, assumiu a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Nilma Lino Gomes – Ministério da Cidadania, uma fusão das secretarias das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos

Natural de Belo Horizonte, é pedagoga, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora das áreas de educação e diversidade étnico-racial, com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro.

Foi a primeira mulher negra a chefiar uma universidade federal ao assumir, em 2013, o cargo de reitora pro tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Também integrou, de 2010 a 2014, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação e participou da comissão técnica nacional de diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros. Estava no comando da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir).

Marcelo Castro (PMDB) – Ministério da Saúde

É formado em medicina pela Universidade Federal do Piauí e doutor em psiquiatria. Filiado ao PMDB, construiu carreira política no Piauí e está no quinto mandato de deputado federal. É o atual presidente da executiva estadual do PMDB. Foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Ocupou a Presidência do Instituto de Assistência e Previdência do estado do Piauí e foi secretário de Agricultura do estado.

Neste ano, foi relator da Comissão Especial para a Reforma Política, na Câmara dos Deputados, que ouviu parlamentares e especialistas para elaborar um relatório com a proposta de reforma política.

Aloizio Mercadante (PT) – deixa a Casa Civil para assumir o Ministério da Educação

Graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Ciência Econômica e doutor em Teoria Econômica, é professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Unicamp.

Filiado ao PT, foi eleito deputado federal em dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003) e senador da República (2003-2011). Em 2006, foi candidato ao governo de São Paulo. Ocupou o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação entre 2011 e 2012 e da Educação entre 2012 e 2014. Deixou o Ministério da Educação para assumir a Casa Civil.

Jaques Wagner (PT) – Deixa o Ministério da Defesa para assumir a Casa Civil

Iniciou sua militância na capital carioca no final dos anos 60, quando presidiu o diretório acadêmico da faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Vive em Salvador desde 1974, onde iniciou sua carreira profissional na indústria petroquímica. Foi deputado federal pelo estado por três vezes (1990-2002) e governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014).

Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro do Trabalho e Emprego (2003), da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (2004 -2005) e do Ministério das Relações Institucionais (2005-2006).

Aldo Rebelo (PCdoB) – Deixa a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação para assumir Ministério da Defesa

Escritor e jornalista, foi eleito seis vezes deputado federal por São Paulo pelo PCdoB. Foi presidente da Câmara dos Deputados e líder do governo e do PCdoB na Câmara. Em 2009, foi relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro e da Lei de Biossegurança.

Aldo Rebelo foi nomeado ministro do Esporte em outubro de 2011. Permaneceu no cargo até dezembro de 2014. Coordenou a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Em dezembro de 2014, Rebelo foi indicado pela presidenta da República Dilma Rousseff para ocupar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. No governo Lula, ocupou a Secretaria de Relações Institucionais, de 2005 até 2007.

Na juventude, Aldo foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e fundador da União da Juventude Socialista (UJS). Ele se filiou ao PCdoB em 1977.

Celso Pansera (PMDB) – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

É graduado em Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pós-graduado em Supervisão Escolar. Em 1992, fundou a Frente Revolucionária, embrião do futuro PSTU. Em 2001, filiou-se ao PSB e passou a fazer parte da Executiva Municipal do partido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em 2007, assumiu uma diretoria na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e, no início de 2009, tornou-se presidente da Faetec, onde ficou até 2014.

Ele cumpre o primeiro mandato como deputado federal (PMDB-RJ) e preside a Comissão Especial de Crise Hídrica do Brasil, é membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, além de ser suplente na Comissão de Educação.

Helder Barbalho (PMDB) – Deixa a Secretaria de Pesca e Aquicultura para assumir a Secretaria dos Portos

Já foi vereador, deputado estadual e prefeito de Ananindeua (PA). Natural de Belém, Helder tentou se eleger governador do Pará pela primeira vez em 2014, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB).

Formado em administração, começou a carreira política há 15 anos, quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua (PA) com 4,2 mil votos. Em 2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais jovem da história do Pará. Em 2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua. Helder é casado com a advogada Daniela Lima Barbalho e tem três filhos. É o presidente em exercício do PMDB no Pará.

André Figueiredo (PDT) – Ministério das Comunicações

É deputado federal pelo PDT do Ceará, eleito em 2014, mas já exerceu o cargo de 2003 a 2007 e de 2011 a 2015.

Natural de Fortaleza, é advogado e economista. Filiou-se ao PDT em 1984 e entrou na vida pública em 1994 como subsecretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Ceará. Também foi secretário do Esporte e Juventude do estado de 2003 a 2004. No Ministério do Trabalho e Emprego, foi assessor especial em 2007 e secretário executivo de 2007 a 2010.

Ministérios que não sofreram alteração:

– Ministério das Cidades – Gilberto Kassab (PSD)

– Ministério da Cultura – Juca Ferreira (PT)

– Ministério do Desenvolvimento Agrário – Patrus Ananias (PT)

– Ministério do Desenvolvimento Social – Tereza Campello (PT)

– Ministério do Esporte – George Hilton (PRB)

– Ministério da Fazenda – Joaquim Levy

– Ministério da Integração Nacional – Gilberto Occhi (PP)

– Ministério da Justiça – José Eduardo Cardozo (PT)

– Ministério do Meio Ambiente – Izabella Teixeira

– Ministério de Minas e Energia – Eduardo Braga (PMDB)

– Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Nelson Barbosa

– Ministério das Relações Exteriores – Mauro Vieira

– Ministério dos Transportes – Antonio Carlos Rodrigues (PR)

– Ministério do Turismo – Henrique Eduardo Alves (PMDB)

– Secretaria de Aviação Civil – Eliseu Padilha (PMDB)

– Secretaria de Comunicação Social – Edinho Silva (PT)

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