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Escolas católicas estão fechando suas portas

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A educação brasileira passa por uma crise que parece não ter fim, não fosse o profundo abismo do setor público, escolas privadas estão fechando em todo o Brasil.

Os colégios tradicionais de Goiás mantidos por congregações católicas parecem ser as mais afetadas, e estão encerrando suas atividades diante do desafio de administrar crescentes despesas, alta inadimplência e um número cada vez menor de alunos.

O Colégio Sant’Anna, da cidade de Goiás, que funcionou ininterruptamente durante 126 anos, não abriu suas portas para o ano letivo de 2015. A instituição estava deficitária há pelo menos oito anos, segundo a Congregação Dominicana da Província Nossa Senhora de Guadalupe, sua mantenedora.

Situação semelhante viveu o também histórico Colégio Imaculado Coração de Maria, em Itaberaí, de 1940, da Congregação das Franciscanas da Ação Pastoral, que fechou suas portas em dezembro de 2007; e o Colégio Nossa Senhora de Fátima, em Porangatu, de 1950, que há dois anos sucumbiu à uma dívida de cerca de R$ 3 milhões. Em Ceres, o Colégio Imaculada Conceição, de filosofia franciscana como o de Porangatu, iniciou o ano letivo de 2015 com apenas 68 alunos e não deve reabrir no ano que vem após mais de 60 anos de história na educação no Vale do São Patrício.

A mais recente escola católica a anunciar fechamento no Estado está em Catalão. Com mais de 60 anos de funcionamento, a Escola Paroquial São Bernardino de Siena divulgou recentemente que não vai abrir as portas em 2016. De acordo com a direção da instituição, pais de alunos de educação infantil e ensino fundamental foram comunicados da decisão em carta assinada pelo ministro provincial da Rede Escolar Franciscana (REF), frei Marco Aurélio da Cruz.

A REF é responsável por cinco colégios, um em Brasília (DF), e quatro em território goiano: Sagrado Coração de Jesus (Pires do Rio), Imaculada Conceição (Ceres), São Francisco de Assis (Anápolis) e a de Catalão. A de Ceres pode ser a próxima a encerrar as atividades.

Apesar desse aparente quadro de esfacelamento, a Anec garante que as instituições vivem um momento vigoroso.

Por: Gustavo Vieira com O Popular