Movimento Camponês Popular contesta comunicado da SAE
As chuvas não caem na região de Catalão faz mais de um mês. Diante disso, a Superintendência Municipal de Água e Esgoto de Catalão (SAE) vem comunicando em seu site e através de alguns veículos de comunicação que, “em virtude do intenso período de estiagem, o Ribeirão Samambaia não atende a demanda de abastecimento de água da cidade. Dessa forma, a SAE colocou em funcionamento a captação auxiliar do Ribeirão Pari, a fim de suprir o abastecimento de água tratada para população”.
A direção da autarquia completa a informação pedindo que os catalanos economizem água, a fim de evitar o racionamento. Foi disponibilizado no informativo site (www.saecatalao.com.br) e telefone ((64) 3442-7036) caso a população queira se inteirar melhor do assunto.
Coordenador do Movimento Camponês Popular de Catalão, Wender Antônio Ferreira, questionou a necessidade do comunicado da SAE e negou que os rios da região estejam sofrendo com a falta de chuvas. “Não baixou nada, não. O Ribeirão Samambaia continua com volume confortável, mesmo sem estar chovendo. Até na semana passada eu fui lá, tirei fotos e não tem nada disso. Acho que a SAE é que não está conseguindo captar a água porque não foi feito nenhum investimento até agora, não fizeram a represa que prometeram e a água está indo embora. Não tem nada disso”, ressaltou.
Como as chuvas estão previstas para retornarem na segunda quinzena de setembro em todo o estado, e diante do trágico período de escassez que castigou todo o país ano anterior, o mais prudente é que os governantes recomendem o uso responsável e regrada da água como a SAE está fazendo. “Mas não precisa alarmar a população. Os ribeirões não estão baixos e isso pode ser um meio para que eles consigam vendê-la, coisa que tentaram e devem continuar tentando fazer”, disse Wendel.
O MCP cobra ainda do governo municipal todos os prejuízos decorrentes de medidas impostas pela prefeitura no ano passado, relativas ao lacramento das bombas de irrigação dos ribeirinhos e a consequente perda na produção de alimentos, e disse que vai acompanhar todas as ações da administração pública com relação ao uso da água.
Por: Gustavo Vieira