Presídio de Catalão continua superlotado
Há muito se tem notícia de que o presídio de Catalão sofre com superlotação. Em 2011, por exemplo, o Ministério Público e a direção do Centro de Inserção Social de Catalão (CIS) encaminharam sugestões ao juiz criminal André Luiz Novaes Miguel, para redução da população carcerária na unidade. Na época, havia mais de 200 presos sendo que a capacidade era para 86. O complexo passou por uma pequena ampliação posteriormente.
No ano anterior, e com realidade ainda mais complicada, a Justiça de Goiás liberou, através do mesmo juiz, 57 detentos que cumpriam pena no regime semiaberto para reforma do presídio local. O magistrado justificou que a medida foi necessária para melhorias na penitenciária, visando reduzir a superlotação que, mesmo assim, continuou alta – com 180 detentos.
A direção da mesma informou na época que as obras de reforma e ampliação do prédio começariam no início deste ano, mas nada foi feito até agora. Apenas foi anunciado a construção de mais dez celas.
Caminhando para o final de mais um ano, essa novela deve continuar por mais algum tempo. Acontece que o Ministério Público de Catalão verificou recentemente que a cadeia de Catalão nunca esteve tão abarrotada, chegando a abrigar 16 detentos em cada compartimento que tem capacidade para oito pessoas.
De acordo com o promotor Cláudio Braga, o presídio conta hoje com 240, número muito acima do tolerado. “Há uma superlotação exagerada”, afirmou o promotor por meio de nota publicada no site da instituição.
Ele falou também que teme rebelião e que o MP não está medindo esforços para resolver a situação, mas que ainda assim uma pequena ampliação, como previsto, não chega a sanar o problema. “Aos poucos e por uma necessidade urgente, a população de Catalão está fazendo o dever que seria do Estado”, pontuou. Apenas quatro celas devem ser construídas em breve.
A Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que a construção das novas celas deve ser concluída em 30 dias e que o Governo de Goiás está ajudando na ampliação.
Por: Gustavo Vieira